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Premiê da Itália Mario Monti diz que não vai disputar eleição em 2013

O primeiro-ministro italiano, Mario Monti, afirmou que não disputará as eleições a serem realizadas no país no primeiro semestre do ano que vem, durante entrevista na qual disse que a Itália não corria mais o risco de inflamar uma crise da dívida na zona do euro.

"Não disputarei as eleições", afirmou Monti em entrevista ao canal de notícias CNN em viagem aos Estados Unidos. "Acho ser importante que todo o jogo político recomece na Itália, esperançosamente de um maior degrau de responsabilidade e maturidade", completou.

Ele observou que foi nomeado senador vitalício pelo presidente da Itália e que, portanto, ainda exercerá atividades políticas, mas seus comentários significam que não concorrerá às eleições.

Há incerteza sobre se o novo governo apoiará as medidas de austeridade promovidas pela administração tecnocrata de Monti para combater os altos níveis da dívida italiana, desde que ele foi nomeado para o cargo no fim do ano passado.

Monti, que recebeu a missão de evitar que a Itália desse um calote da dívida ao estilo grego, disse que seus temores para o futuro da zona do euro diminuíram e que seu país não corre mais o risco de provocar uma crise na região.

"Desde junho-julho deste ano estou muito mais confiante sobre o futuro da zona do euro, acima de tudo porque nós não vamos mais provocar um incêndio."

Ele acrescentou que um plano do Banco Central Europeu de comprar títulos de países endividados, acordado depois do que chamou de uma "evolução na Alemanha", significava que mecanismos para a governança da zona do euro estavam "melhorando a cada mês".

De acordo com a pesquisa de opinião mais recente, entre 37 e 39 por cento dos italianos gostariam que Monti fosse o próximo primeiro-ministro, tornando-o a escolha mais popular, seguido por candidatos de centro-esquerda.

A aparência do próximo governo italiano é incerta, com uma possível mudança da lei eleitoral ainda em debate.

O ex-primeiro-ministro Silvio Berlusconi, que foi forçado a renunciar no ano passado com a intensificação dos problemas financeiros do país, sinalizou que pode concorrer à eleição, mas as últimas pesquisas mostram que ele obteria apenas 14,5 por cento dos votos.

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