
A União Europeia chamou de “sério obstáculo” a decisão anunciada pela Casa Branca em interromper o fornecimento parcial de armamentos à Ucrânia, em guerra contra a Rússia.
O bloco também vê a medida como uma tentativa para forçar os europeus a incrementar o suporte a Kiev.
“É um sinal claro para aumentar os nossos esforços no apoio à Ucrânia, não apenas a nível UE, mas também europeu”, declarou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, durante a posse oficial da Dinamarca na liderança rotativa do Conselho Europeu, em Aarhus.
“Se os Estados Unidos decidiram assim, será um sério obstáculo para a UE e para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Esperamos que a parceria com Kiev continue”, acrescentou a primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.
Em seu discurso de posse, Frederiksen destacou que Copenhague “fará todo o possível para ajudar a Ucrânia em seu percurso de adesão à UE”.
“A Ucrânia pertence à UE. É do interesse tanto da Dinamarca quanto da Europa” que o país entre no bloco comum, reforçou a premiê ao lado também de autoridades como os presidentes António Costa, do Conselho Europeu, e de Kiev, Volodymyr Zelensky.
“Devemos fortalecer a Ucrânia e enfraquecer a Rússia. E a primeira coisa [para isto] é aumentando o apoio militar”, destacou a líder dinamarquesa.