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Primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi recebe alta e deixa o hospital

O chefe de Governo italiano, Silvio Berlusconi, de 73 anos, deixou nesta quinta-feira o hospital de Milão onde se encontrava internado depois de ter sido agredido no domingo por um homem desequilibrado.

 

"Duas coisas me ficam desta experiência: o ódio de alguns poucos e o amor de tantos, muitíssimos italianos", declarou Berlusconi, em uma mensagem oficial divulgada pelo governo, na qual pede "uma nova era de diálogo".

 

"Se o que aconteceu gerar uma consciência maior da necessidade de uma linguagem mais moderada e honesta na política italiana, então esta dor não terá sido inútil", acrescentou.

 

"Alguns representantes da oposição parecem entenderam: se se distanciarem com honestidade dos poucos que fomentam a violência, então finalmente se poderá alcançar uma nova era de diálogo", concluiu.

 

Ao deixar o hospital, Berlusconi não abriu a janela fumê de seu carro, mas acenou para os jornalistas. Ainda exibia um curativo no nariz e na parte esquerda do rosto, muito atingidos pela miniatura da catedral com que foi agredido.

 

Mais de 50 jornalistas e curiosos se reuniram ao lado do hospital à espera de sua saída.

 

Berlusconi seguiu direto para sua residência em Arcore, a 15km de Milão, para um repouso que deverá durar duas semanas, segundo recomendações de seu médico pessoal.

 

"Boa volta para casa", afirmava uma das faixas estendidas junto à entrada da residência Berlusconi, cujas vias de acesso estão estritamente vigiadas pela polícia.

 

Berlusconi teve que passar quatro noites no hospital San Raffaele de Milão, apesar de um prognóstico inicial que assinalava entre 24 e 36 horas de observação devido às dores persistentes no rosto causadas pelo impacto e a antigos problemas cervicais reavivados pela agressão.

 

No domingo, o líder conservador italiano foi atacado por um homem com histórico de desequilíbrio mental quando concedia autógrafos, depois de um comício.

 

O agressor de Berlusconi, Massimo Tartaglia, de 42 anos, que se submete a tratamento psiquiátrico há 10 anos, deverá permanecer na prisão de San Vittore em Milão por ordem judicial.

 

A justiça rejeitou o pedido de seus advogados para que fosse transferido a um hospital psiquiátrico.

 

Apesar de ser considerado um fato isolado pela polícia, simpatizantes e opositores do primeiro-ministro se acusaram reciprocamente de terem sido os provocadores morais do ataque.

 

Enquanto isso, a venda de réplicas em miniatura da catedral gótica de Milão, similar que foi usada na agressão contra Berlusconi, bate recordes de vendas na capital da Lombardia, norte da Itália.

 

A réplica, em alabastro ou metal, custa entre 6 e 10 euros, e agora faz parte dos presentes mais curiosos para o Natal.

 

O Domo de Milão, como é conhecida a catedral, é um dos templos de maiores dimensões do mundo e pode receber 40.000 pessoas em seu interior.

A reprodução de sua forma gótica e pontiaguda, com 136 pontas de mármore, explica a gravidade dos ferimentos ocasionados ao chefe de Estado.

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