
O candidato nacionalista de oposição Karol Nawrocki foi eleito presidente da Polônia após vencer o segundo turno das eleições, com 50,89% dos votos.
O prefeito de Varsóvia, Rafal Trzaskowski, ficou com 49,11% da preferência, com uma diferença de menos de 400 mil votos (em um universo de 20,8 milhões) entre os postulantes.
Nawrocki recebeu durante a campanha o apoio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, bem como do eleitorado de extrema direita, e é crítico da União Europeia.
Enquanto isso, o premiê polonês, Donald Tusk, de centro-direita, apoiou Trzaskowski, é europeísta convicto e já foi presidente do Conselho Europeu, órgão que reúne os líderes dos 27 Estados-membros da UE.
Aos 42 anos, historiador e boxeador amador, Trzaskowski substituirá Andrzej Duda, no cargo desde 2015 e apoiado pelo partido nacionalista Lei e Justiça (PiS), que também deu sustentação à candidatura do presidente eleito.
O poder Executivo na Polônia é exercido pelo primeiro-ministro, cujo governo também é responsável pelas relações internacionais, mas o presidente tem a prerrogativa de vetar leis e pode atrapalhar a agenda de Tusk.
A presidente da Comissão Europeia (poder Executivo da UE), Ursula von der Leyen, felicitou Nawrocki pela vitória e expressou “confiança” de que Varsóvia manterá uma “ótima cooperação” com Bruxelas.
O mesmo tom foi adotado pelo presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que desejou uma “colaboração frutífera” entre os dois países, embora Nawrocki tenha expressado a vontade de reduzir as ajudas a refugiados ucranianos.
Já a premiê da Itália, Giorgia Meloni, desejou boa sorte ao presidente eleito e destacou os “valores comuns e as sólidas relações de cooperação e histórica amizade” entre Roma e Varsóvia.