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União Europeia não consegue enfrentar crise migratória, diz premier italiano Matteo Renzi nos EUA

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou que a União Europeia "não é capaz" de gerenciar a crise migratória atual.   

"[A UE] não é capaz de enfrentar o drama da imigração. Há muitos 'parabéns' para a estratégia italiana, mas eles abrem os lábios, mas não as portas. A UE é forte só se faz escolhas concentradas em seu futuro. Se ficar assim, é mais fraca que outras instituições", disse Renzi em uma conversa com os estudantes da Johns Hopkins University.

A fala do premier se refere a ação dos órgãos italianos na busca e salvamento de pessoas que tentam a travessia pelo Mar Mediterrâneo. Porém, depois de receber milhares de pessoas, os outros países europeus acabam não acolhendo os imigrantes.   

O político italiano ainda foi questionado sobre a onda populista que atinge os países europeus, incluindo a Itália. Para ele, essa onda "se esconde na crise econômica e não nasce do medo do terrorismo", como muitos líderes afirmam pelo mundo. Renzi destacou que é preciso "agir rapidamente para levar a mudança" já que "o populismo joga no medo e nós na esperança".   

"Eu tenho ideias diferentes de muitos líderes europeus sobre as questões da imigração e segurança. Os terroristas tentam destruir a vida dia após dia, insinuando um sentimento de preocupação. Está certo que precisamos combater o terrorismo, estamos tentando dar liberdade à Mosul. Mas, acho que não basta apenas uma resposta militar. É preciso uma resposta cultural, nas escolas, na cultura, nos teatros porque os terroristas vem de nossas periferias, das nossas cidades", acrescentou.   

Questionado sobre a saída do Reino Unido do bloco econômico, o chamado "Brexit", o premier italiano afirmou que a União Europeia "ficou em choque, mas o choque terminou muito rapidamente".   

"Eu propus que nós construíssemos uma ideia diferente de Europa, de pensar nas novas gerações. 'Sim, sim', me disseram e depois de três meses voltaram a falar e a discussão era sobre o tempo de saída do Reino Unido. Mas, isso é importante para eles, não para a UE. Para a UE é importante entender seu futuro", afirmou ainda o premier. (Ansa)

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