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UNIÃO EUROPEIA: Premiê da Grécia obtém crucial voto de confiança no Parlamento

Em uma manobra vista como crucial para garantir o acordo de ajuda financeira assinado entre a Grécia e a "troika" formada pela União Europeia (UE), Banco Central Europeu (BCE) e o FMI (Fundo Monetário Internacional), o premiê grego, George Papandreou, obteve um voto de confiança no Parlamento por uma margem muito apertada.

Por 153 votos a favor e 147 contra, o premiê obteve apoio dos parlamentares após uma intensa semana de negociações e altos e baixos durante as discussões entre seu governo, a oposição e os europeus, que chegaram a convocá-lo para uma reunião emergencial em Cannes na quarta-feira após ele ter anunciado a ideia de propor um plebiscito sobre o pacote de ajuda –posteriormente rejeitado.

Em seu discurso pouco antes da votação, Papandreou deixou claro que estava disposto a entregar o cargo e dar início imediato às negociações para formar um governo de coalizão. Pouco depois, seu ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, reforçou a mensagem, indicando até a disposição de convocar eleições no fim de fevereiro, mas não imediatamente, como exigiam os líderes da oposição.

Segundo o jornal britânico "Guardian", há indícios de que Papandreou entregará o cargo a Venizelos, que deve assumir o controle do país como primeiro-ministro, mas não deve ficar no poder até o fim do atual mandato, em 2013, mas sim convocar novas eleições no fim de fevereiro.

"É um acordo fechado. Papandreou vai propôr que Venizelos torne-se o primeiro-ministro e irá para casa", um assessor de Venizelos teria dito à Helena Smith, correspondente do jornal britânico em Atenas.

Antonis Samaras, líder da Nova Democracia, o principal partido de oposição, disse logo após o dramático discurso do premiê que "as máscaras caíram. Papandreou recusou nossa proposta. A única solução são as eleições".

Embora reconheça a necessidade de aprovar e implementar o acordo de ajuda financeira internacional, a Nova Democracia preferiria que o premiê tivesse renunciado e convocado eleições imediatas.

APELO

Mais cedo, em um momento de extrema tensão na Grécia e sob os olhares de todo o mundo, pouco antes da votação que iria reiterar sua permanência no cargo ou pressionar por sua saída –dias após ter perdido a maioria–, o premiê defendeu a medida como crucial para o futuro do país.

"Este acordo não pode ser desperdiçado, a história os julgará irresponsáveis caso isso ocorra. Ao contrário do que tem sido divulgado, os salários e aposentadorias não serão reduzidos pela metade caso o acordo seja implementado".

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