Notícias

Prefeito de Roma, Ignazio Marino, é investigado pela Procuradoria

Após os jornais italianos revelarem que o prefeito de Roma, Ignazio Marino, está sendo investigado pela Procuradoria, o mandatário se manifestou e afirmou ter agido sempre com "transparência".

"A comunicação sobre uma investigação é um ato necessário para o desenvolvivento da investigação. Eu estou convicto de ter explicado bem as minhas razões e a minha transparência", afirmou Marino após seu nome ter sido inscrito na lista de investigados no inquérito sobre as despesas efetuadas com uma carta de crédito da Comuna.

Segundo o jornal "La Repubblica", o prefeito está sendo investigado por peculato e falsificação em documento público. De acordo com a publicação, ele foi notificado pela Justiça no último dia 28 de outubro.

Já o "Corriere della Sera" afirma que Marino é investigado por fraude agravada por danos ao Estado, também no procedimento aberto nos últimos meses pela Procuradoria, em ação liderada por Giuseppe Pignatone. Ele atua nas averiguações sobre a "Image Onlus", entidade criada em 2005 pelo expoente do Partido Democrático (PD), para fornecer ajuda médica em Honduras e no Congo. Neste caso, a notificação teria ocorrido há alguns meses.

O prefeito retirou seu pedido de renúncia, feito no último 8 de outubro e formalizado quatro dias depois. Segundo a legislação italiana, o chefe municipal tinha até 1º de novembro para reconsiderar. A decisão representou mais uma reviravolta na conturbada administração do líder, que comanda a "cidade eterna" desde junho de 2013, e foi tomada mesmo com a ameaça de uma debandada em massa do PD de seu governo.

Segundo fontes, já há um número suficiente de assinaturas para a saída do prefeito do poder e as demissões em massa serão apresentadas ainda hoje. O ex-assessor de Transportes de Roma Stefano Esposito, que pediu demissão assim que o escândalo estourou, afirmou que "deu sua lealdade a um mentiroso" e que está "com vergonha" do governo.

A renúncia – e consequente desistência – ocorreu depois de uma série de escândalos no governo da capital italiana e teve como ápice a denúncia que Marino usou 150 mil euros do dinheiro público para jantares e eventos. Ele nega que tenha feito o uso da verba para esse fim.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios