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União Europeia rebaixa estimativas para a economia da Itália

A Comissão Europeia rebaixou as previsões de crescimento para a Itália nos próximos dois anos. Em relatório a queda será de -0,4% em 2014 – ao invés do crescimento 0,6% previsto em maio – e haverá uma "tímida recuperação" em 2015 de +0,6%, provocada pela demanda externa. Anteriormente, a UE previa um crescimento de 1,2%.

Já a taxa de desemprego no país "ficará alta para os níveis históricos" e se refletirá "rapidamente na atividade econômica". A Comissão prevê que a taxa fechará o ano em 12,6%, se mantendo no mesmo número para o ano que vem.

A entidade ainda reviu para cima o déficit do país, para 3% em 2014. Para o ano que vem, a previsão é de uma leve queda no débito, para 2,7% do Produto Interno Bruto (PIB). Essa queda será provocada após a Itália "ter incorporado a nova lei de estabilidade e as medidas adicionais anunciadas no dia 27 de outubro e será sustentada pela queda nos gastos públicos".

A Lei de Estabilidade italiana causou um grande mal-estar no bloco econômico, com trocas de críticas públicas entre o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, e o então presidente da Comissão, o português João Manuel Durão Barroso. Porém, com esse anúncio, as rusgas foram resolvidas entre a UE e o governo italiano.

Em comunicado, a Comissão afirmou que "em 2013, graças a um novo método de cálculo, o débito italiano caiu para 127,9%", mas "o superávit primário é ainda insuficiente para cortar o crescimento em 2014, por causa do PIB baixo e dos pagamentos de débitos". Por isso, o déficit subirá para 132,2% para atingir o "pico" em 2015, em 133,8%.

Europa

Para o bloco econômico, as previsões da Comissão também não são boas. "Os riscos de rebaixamento nas perspectivas de crescimento ainda dominam por causa das tensões geopolíticas, a fragilidade dos mercados financeiros e o risco de atuação incompleta das reformas estruturais", disse em nota a entidade.

Por causa desses fatores, a previsão de crescimento na zona do euro é de 0,8% em 2014 e de 1,1% em 2015. Ainda de acordo com a UE, "a retomada do crescimento iniciada em 2013 continua fraca, o impulso para o crescimento é fraco, a confiança está em baixa e, sem as melhores condições financeiras, a retomada em 2015 será lenta".

Para a França, as previsões apontam para uma retomada "não iminente". Os investimentos "não recomeçam antes de 2016" e é esperado "um crescimento moderado" do PIB em 0,7% em 2015 e de 1,5% em 2016.

O déficit para 2014 será de 4,4% e "continuará a piorar" em 2015, ficando em 4,5% em 2015.

 

Já a Alemanha está tendo um crescimento "decepcionante, mas com melhorias em vista". Para 2015, a Comissão prevê um aumento de 1,1% no PIB e de 1,8% em 2016.

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