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União Europeia rebate críticas a acordo com EUA: “O melhor possível”

O poder Executivo da União Europeia rebateu as críticas de que o acordo tarifário com os Estados Unidos é uma rendição ao presidente Donald Trump e afirmou que o pacto alcançado era “o melhor possível”.

Em reunião na Escócia, o magnata republicano e a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, fecharam um acordo que prevê tarifas de 15%, metade dos 30% anunciados por Trump anteriormente, e que compromete a UE a comprar US$ 750 bilhões em gás e petróleo americanos e a investir US$ 600 bilhões nos EUA pelos próximos três anos.

“Esse é o melhor acordo possível. Nós tínhamos começado em 30%, e a presidente Von der Leyen foi mestre em gerir essas negociações”, disse o comissário de Comércio do bloco, Maros Sefcovic. “O compromisso vai salvar o livre comércio, os fluxos comerciais e muitos postos de trabalho”, acrescentou.

Segundo ele, uma guerra tarifária contra os EUA poderia ser “tentadora para alguns”, mas comportaria “consequências graves”.

“Com tarifas de pelo menos 30%, nosso comércio transatlântico seria paralisado, colocando quase 5 milhões de empregos em risco”, justificou Sefcovic, acrescentando que o mundo anterior a 2 de abril, quando Trump anunciou suas tarifas recíprocas, “desapareceu”.

O acordo, no entanto, é alvo de críticas. “É um dia triste quando uma aliança de povos livres, unidos para afirmar os próprios valores e defender os próprios interesses, decide se submeter”, disse o premiê da França, François Bayrou.

Já o premiê da Hungria, Viktor Orbán, afirmou que Trump é um “negociador peso-pesado”, enquanto Von der Leyen demonstrou ser “peso-pena”. “Vai ser difícil vender esse acordo como um sucesso”, salientou.

Por sua vez, a premiê da Itália, Giorgia Meloni, ponderou que é positivo o fato de Washington e Bruxelas terem chegado a um ponto em comum, evitando uma “escalada que teria efeitos imprevisíveis e potencialmente devastadores”.

O governo da Rússia também comentou a negociação e declarou que o pacto será um “golpe muito duro para a indústria e a agricultura europeias”, sobretudo pelo provável aumento do custo da energia na UE. 

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