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Chefão da máfia é preso no Brasil como parte de Operação “Cento Passi”

Dezesseis pessoas acusadas de ligação com a máfia foram detidas em operação realizada simultaneamente no Brasil, na Itália e na Espanha.

 

Vão responder por associação criminosa e tentativa de fraude contra grandes bancos estrangeiros, entre eles o Lehman Brothers e o HSBC, anunciou nesta sexta-feira o corpo de carabineiros italiano.

 

As pessoas detidas são suspeitas de pertencerem a uma rede internacional que planejava um grande golpe contra três bancos, segundo um comunicado dos carabineiros.

 

A rede era liderada por um italiano que vivia há 30 anos na Venezuela, Leonardo Badalamenti, detido nesta sexta-feira em São Paulo (Brasil), através da operação "Cento Passi", segundo a mesma fonte .

Badalamenti é filho de Gaetano Badalamenti, um dos antigos chefões da máfia siciliana, morto em 2004.

Após a prisão de Leonardo Badalamenti, as autoridades italianas aguardam a decisão sobre sua extradição para a Itália.

De acordo com os termos do tratado de extradição, assinado pelos governos da Itália e do Brasil em 1989 e promulgado em 1993, ele deverá permanecer detido, à espera da decisão do Supremo Tribunal Federal.

O caso da extradição de Badalamenti entra, assim, na pauta do STF, que já examina o caso polêmico do ex-terrorista Cesare Battisti.

No Brasil, agentes da polícia federal em colaboração com a Interpol, prenderam Badalamenti, 49 anos, em São Paulo, cidade onde morava recentemente, segundo o procurador Vittorio Teresi, um dos coordenadores da operação.

A organização planejava obter empréstimos bancários no valor total de 1 bilhão de dólares através de bancos estrangeiros, dando como garantias falsos títulos venezuelanos fornecidos por um cúmplice no Banco Central da Venezuela.

Bens de um valor de cinco milhões de euros foram apreendidos neste caso, segundo o comunicado.

No total, 27 pessoas estão envolvidas, na Itália e no exterior, nesta investigação da Procuradoria antimáfia de Palermo, Sicília.

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