O Ministério Público de Milão confirmou que o incêndio que destruiu a fechada de um edifício residencial na cidade não provocou mortes.
“Confirmamos que não há vítimas, o que é a coisa mais importante, a não ser um cachorrinho”, disse a procuradora Tiziana Siciliano, que coordena as investigações sobre o incidente, após uma inspeção no edifício.
Segundo Siciliano, os bombeiros já conseguiram subir até o 12º andar do prédio, sendo que os dois últimos devem ser alcançados nas próximas horas. “Isso deve ser feito com segurança máxima, porque queremos que os bombeiros atuem em segurança, mas os drones estão fornecendo imagens muito boas do interior dos apartamentos”, declarou a procuradora.
Ao todo, o prédio tem 15 andares, contando o térreo, sendo que o incêndio começou no último, o que permitiu a evacuação rápida antes que as chamas tomassem conta do edifício. A suspeita é de que o fogo tenha sido causado por um curto-circuito, mas os investigadores também querem saber por que o revestimento da fachada foi feito com material inflamável.
“A magistratura já está trabalhando para esclarecer a dinâmica do ocorrido. Meu desejo é que as responsabilidades sejam apuradas com rapidez”, escreveu no Twitter o prefeito de Milão, Giuseppe Sala.
“A Torre del Moro [nome do edifício] foi construída pouco mais de 10 anos atrás, e não é aceitável que um prédio tão moderno se demonstre totalmente vulnerável”, acrescentou.
Já o comandante dos bombeiros de Milão, Giuliano Santagata, afirmou nunca ter visto um incêndio assim. “É provável que a fechada tenha sido feita com material muito inflamável”, declarou. Nos próximos dias, engenheiros avaliarão se as chamas comprometeram a estrutura do prédio.
Cerca de 70 famílias residiam no edifício e agora já falam em recomeçar do zero. “Não sobrou nada, teve gente que deixou os animais domésticos em casa porque não pensava que seria algo tão devastador”, disse uma mulher que morava no quarto andar.
