
Ciao a tutti, come và?
Entre Brasil e Itália há muita, mas muita aproximação cultural e comportamental, notadamente pela colonização, em especial europeia que recebemos.
Porém, quando se trata de vacinação, o tema é tratado de forma bastante distinta entre o Brasil e a Europa.
O Brasil adotou a vacina contra a covid-19, isso é fato. Embora haja um grupo anti-vacina no Brasil, é um grupo muito pequeno.
Só não há mais vacinação no Brasil pelas dificuldades sanitárias e pela precária rede de saúde que assiste determinados lugares.
Por outro lado, se tomarmos em consideração grandes centros como São Paulo, os números em termos de vacinação são superiores a quase todos os países que mais vacinam no mundo.
Isso pode explicar em parte, o número decrescente de casos, internações e mortes pelo coronavirus e a pouca expressividade que a variante delta da Covid-19 teve no Brasil.
Já na Europa as coisas não estão boas, com aumento de casos e maior vulnerabilidade à variante delta e agora à variante Ômicron.
E o que explica o aumento de casos na Europa? Para especialistas, de forma quase unânime, se coloca em primeiro lugar a falta de adesão à vacinação.
Até que na Itália, sejamos sinceros, houve bastante adesão à vacinação e até setores mais conservadores e/ou negacionistas estão mudando de opinião.
Nessa semana, foi noticiado que Lorenzo Damiano, um dos líderes de grupo negacionista na Itália, afirmou que vai se vacinar após quase ter ido para a UTI com coid-19. Destaque-se que Damiano teria contraído covid em viagem que fez à Bósnia-Herzegovina.
Afirmou Damiano em entrevistas à imprensa: “Depois deste período, tenho agora outra visão do mundo e vou me vacinar”. E mais: “Às vezes, é preciso passar por uma porta estreita para entender as coisas como elas são”.
Vale ressaltar que antes, Damiano afirmava que “a vacina não vem de Deus”.
Parabéns a Lorenzo Damiano pela sua mudança de opinião e comportamento.
Arrivederci!
Dr. Rodrigo Capobianco é advogado ítalo-brasileiro e colaborador da Rádio Italiana.