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Primeiro-ministro Mario Monti diz que Itália não precisa de um resgate, mas de “um respiro”

O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, afirmou em entrevista publicada pelo jornal finlandês "Helsingin Sanomat" que a Itália não precisará de um resgate financeiro, mas de "um respiro" dos mercados de dívida. Monti declarou que a Itália está realizando esforços para recortar seu déficit e lamentou que os mercados "sejam lentos na hora de compreender as medidas que tomamos e tudo o que conquistamos".

O Senado italiano deu o primeiro passo para a aprovação de um plano de cortes do gasto público no valor de 25,5 bilhões de euros até 2014.

A visita de Monti a Helsinque faz parte de uma rodada de contatos com vários líderes europeus para tratar a situação da eurozona e impulsionar o cumprimento dos acordos do Conselho Europeu de junho.

Esta viagem por várias capitais europeias começou ontem em Paris, onde o primeiro-ministro da Itália se reuniu com o presidente francês, François Hollande.

Ambos líderes fizeram uma chamada a favor da defesa, da consolidação e do reforço da zona do euro, na qual consideraram que houve "progressos significativos" nas últimas semanas.

Em Helsinque, Monti se reunirá com o primeiro-ministro finlandês, Jyrki Katainen, com o comissário europeu de Política Econômica e Monetária, Olli Rehn, e com o presidente do país nórdico, Sauli Niinistö.

A Finlândia, único país da eurozona que mantém a máxima qualificação creditícia com perspectiva estável, é um dos sócios que mais se opõem ao uso dos fundos europeus de resgate para comprar dívida dos países sob pressão, pelas mãos da Alemanha.

Monti tentará convencer os líderes finlandeses da necessidade de combater a especulação dos mercados utilizando o dinheiro depositado no Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) e no Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE).

O primeiro-ministro italiano concluirá sua rodada de contatos amanhã em Madri, onde permanecerá poucas horas e deve encontrar-se com o presidente do governo espanhol, Mariano Rajoy.

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