Notícias

Ex-capitaão do navio Costa Concordia, Francesco Schettino, falta à audiência de apelação

Começou o julgamento da apelação da sentença contra o capitão Francesco Schettino pelo acidente com o navio Costa Concordia, em 13 de janeiro de 2012, que matou 32 pessoas e deixou centenas de feridos próximo à ilha de Giglio.

Nesta audiência, o acusado não compareceu e foi representado por seus advogados Donato Laino e Saverio Senese.

"O comandante Schettino? Está tranquilo. Tranquilo como pode-se ficar nesses casos", disse Laino ao ser questionado sobre a ausência do "capitão covarde", como ficou mundialmente conhecido.

Ainda de acordo com seu defensor, Schettino conversou com ele antes da audiência e ficou definido que ele poderá ir às outras sessões "dependendo de como o processo se desenvolverá". Por hoje, ele optou por ficar em sua casa, em Meta di Sorrento, em Nápoles.

Durante a exposição da Procuradoria de Grosseto, que tenta aumentar a pena de Schettino para 26 anos de cárcere com detenção imediata, o procurador Alessandro Leopizzi defendeu que afirmar que outras pessoas tiveram culpa no acidente "não elimina" a responsabilidade do capitão.

Segundo o representante, a defesa apresentou uma relação com os motivos de apelação de maneira "frontal" e "destrutiva" contra a sentença emitida em primeiro grau e que "mostra um limite genérico no debate que foi exaustivo e explícito e com base em provas documentais".

"Não se pode dizer que a culpa foi dos outros, mas foi também dos outros. Porém, isso não cancela as culpas de Schettino. Não pode-se dizer que a culpa é do oficial de guarda Ciro Ambrosio [o oficial que substituiu o capitão durante o jantar do mesmo], mas também de Ambrosio. Uma eventual culpa de Ambrosio não cancela as falhas de Schettino", afirmou o procurador.

Detalhando sua argumentação, Leopizzi afirmou que o substituto de Schettino "nunca tirou o navio da rota" que foi ordenada pelo comandante.

A defesa de Schettino criticou a tese da acusação, dizendo que eles estão pedindo não para "tirar a culpa de consciência", mas para condená-lo pelo "fato de Schettino não saber onde estava o navio".

O capitão do Costa Concordia foi condenado, em 11 de fevereiro de 2015 pelo Tribunal de Grosseto, a 16 anos e um mês de prisão por múltiplas lesões e múltiplos homicídios culposos (quando não há a intenção de matar), naufrágio culposo e abandono de navio e de incapazes. Agora, o processo em segundo grau ocorre na primeira seção penal de apelo do Tribunal de Florença, em sessão presidida pela juíza Grazia D'Onofrio, e analisa se diminui, absolve ou aumenta a pena do italiano. (Fonte: Ansa)

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios