
O Vaticano condenou os ataques deflagrados por colonos israelenses contra os cristãos na Cisjordânia.
A declaração foi dada pelo secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, durante um evento promovido pela fundação Ajuda à Igreja que Sofre (ACS).
Ao ser questionado por jornalistas se os cristãos na Cisjordânia poderiam ser considerados perseguidos, Parolin classificou como “inaceitável” o comportamento dos colonos em relação à população cristã da região.
“O problema é muito complexo. Não conseguimos entender por que cristãos que levam vidas normais estão sendo alvos de ataques tão severos”, afirmou.
Segundo o cardeal, “falar sobre perseguição é um pouco problemático, mas, sem dúvida, trata-se de situações que não podemos aceitar”.
Nos últimos meses, líderes cristãos têm denunciado repetidos episódios de violência por parte de colonos na Cisjordânia ocupada. O cardeal Pierbattista Pizzaballa, patriarca latino de Jerusalém, chegou a afirmar que o medo crescente tem levado muitos religiosos a abandonar a região.
De acordo com a ONG Open Doors, desde o início da guerra entre Israel e o grupo militante Hamas, em outubro de 2023, os ataques contra cristãos na Cisjordânia aumentaram significativamente, atingindo uma média de mais de 100 incidentes por mês em 2025.