O livro "A Luz do Mundo" na qual o papa Bento XVI é entrevistado pelo jornalista alemão Peter Seewad, foi lançado oficialmente no Vaticano.
O Pontífice responde a perguntas sobre temas atuais e muitas vezes polêmicos, como o uso excepcional do preservativo, assunto que gerou discussões nesta semana antes da apresentação oficial do livro.
Um dos temas tratados no livro é a questão da pedofilia na Igreja Católica.
O Papa disse que "nos abusos sexuais e nos casos de pedofilia dos padres, a partir dos anos 1960, a necessidade de punir foi esquecida, [mas era] aplicada até os anos 1950".
Agora devemos recuperar "o direito e a necessidade da pena" porque o amor não é apenas "gentileza e cortesia", mas também "verdade", destacou Bento XVI.
O Pontífice também respondeu questões sobre a homossexualidade e destacou que os homossexuais devem ser respeitados como pessoas que "não devem ser descriminados porque apresentam aquelas tendências. O respeito pela pessoa é absolutamente fundamental e decisivo".
"Todavia, o profundo sentido da sexualidade é um outro. Poderia dizer, querendo se expressar nestes termos, que a evolução gerou a sexualidade com a finalidade da reprodução", destaca ele.
Em relação à homossexualidade na Igreja Católica, Jospeh Ratzinger recorda que "não é conciliável com o ministério sacerdotal".
Ele recorda que há alguns anos a Congregação para a Educação Católica emitiu uma disposição pela qual os candidatos homossexuais não podem se tornar sacerdotes porque a sua orientação sexual os distância da linha paterna, que é o que define o ser sacerdote".
"Portanto a escolha dos candidatos ao sacerdócio deve ser muito precisa. É necessário ter muita atenção para que não se introduza uma confusão deste tipo e no final o celibato dos padres não seja identificado com a tendência à homossexualidade" declarou Bento XVI.(ANSA)