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Promotor pede pena perpétua a mafiosos por morte de juiz

O procurador de Caltanissetta, Amedeo Bertone, pediu a condenação à prisão perpétua dos mafiosos Salvatore Madonia e Vittorio Tutino, acusados de envolvimento no atentado que matou o juiz Paolo Borsellino, em 1992.   

Além disso, Bertone solicitou penas de oito anos e seis meses de reclusão para Vincenzo Scarantino e de 14 anos para Francesco Andriotta e Calogero Pulci por terem feito delações premiadas falsas durante o inquérito sobre o assassinato do magistrado.   

Ao lado de Giovanni Falcone, Borsellino liderava as investigações contra a máfia na Sicília, o que o colocou na mira dos criminosos. No dia 19 de julho de 1992, em Palermo, um Fiat 126 repleto de explosivos foi detonado em frente à casa da mãe do juiz, justamente no momento em que ele chegava.   

O atentado também tirou a vida de cinco agentes de sua escolta.   

Nos anos 1990, Scarantino, um criminoso comum, havia se declarado autor do furto do carro usado no ataque, informação que foi confirmada por Andriotta, um ex-companheiro de cela, e Pulci, um mafioso arrependido.   

Contudo, em 2008, outro ex-membro da máfia, Gaspare Spatuzza, contou que ele havia furtado o Fiat 126, contradizendo as delações anteriores. Investigados novamente, os três confessaram que mentiram em suas colaborações com a Justiça. Scarantino e Andriotta se justificaram denunciando pressões psicológicas dos promotores, enquanto Pulci alegou ter agido por conta própria.   

O mesmo Spatuzza também revelou ter furtado o veículo ao lado de Vittorio Tutino, a mando de uma comissão da Cosa Nostra da qual fazia parte Salvatore Madonia. A sentença do Tribunal de Caltanissetta deverá ser divulgada no próximo mês de janeiro.  

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