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Vice-premier da Itália, Angelino Alfano ameaça abandonar governo contra união gay

O vice-premier da Itália, Angelino Alfano, ameaçou retirar o apoio ao governo caso o Partido Democrático (PD), do primeiro-ministro Enrico Letta, insista em colocar o direito dos homossexuais à união civil na pauta do Parlamento para 2014. Ex-aliado de Silvio Berlusconi, Alfano é líder do Nova Centro-Direita (NCD), legenda criada no final do ano passado por conta de divergências com o Cavaliere em meio ao seu processo de cassação.

Formar uma aliança com grupos conservadores foi a única maneira encontrada por Letta, de centro-esquerda, para conseguir estabelecer um governo após as eleições do início do ano passado, dando origem a uma delicada e inusitada coalizão que reúne dois lados opostos do espectro político italiano.

"A família é composta por um homem e uma mulher. Aquela descrita na Constituição, que é vivida na sociedade italiana, é a família na qual se deve acreditar. E ela merece ser defendida contra tentativas de desmontá-la", afirmou o vice-premier na apresentação do livre-manifesto "Os moderados", que apresenta os valores que vão nortear a atuação do seu recém-criado partido.

Alfano ainda declarou que o NCD está no governo para servir de escudo às medidas que a esquerda adotaria caso ficasse sozinha no poder. "Se não fosse por nós, a esquerda acharia normal legalizar a maconha, os casamentos homossexuais, a adoção por gays e liberar as fronteiras aos imigrantes", declarou. No entanto, parlamentares do PD ligados ao secretário do partido, Matteo Renzi, já garantiram que a proposta seguirá adiante mesmo sem o apoio do vice-primeiro-ministro.

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