O ministro do Desenvolvimento Econômico e Trabalho e vice-premier da Itália, Luigi Di Maio, foi confirmado como líder político do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S) após ser submetido a uma espécie de moção de desconfiança entre seus filiados.
Depois de ter sua liderança questionada por correligionários após o M5S ter garantido apenas a terceira posição nas eleições europeias (17,1% dos votos), Di Maio recebeu 80% das preferências, ou seja, 44.849 eleitores optaram por sua permanência no cargo. Na votação, realizada por meio da plataforma online do M5S, a “Rousseau”, que pertence a uma empresa de consultoria digital chamada Casaleggio Associati e não é auditada de forma independente, o vice-premier obteve 11.278 votos contrários. “A recondução do meu papel é apenas o primeiro passo para iniciar uma organização profunda no M5S, para torna-lo mais próximo dos cidadãos para reforçar nossa identidade”, escreveu Di Maio no Facebook. O ministro italiano ainda afirmou que irá anunciar, nas próximas semanas, uma “nova estrutura organizacional”, na qual delegará tarefas específicas sobre economia, negócios, trabalho, meio ambiente, saúde, entre outros.
“Eu não vou perder tempo, amanhã vocês já terão notícias sobre a renovação de alguns papéis e procedimentos internos”, acrescentou.
Em sua rede social, ele também agradeceu a todos os cidadãos que participaram da votação. “Agradeço aos que confirmaram sua confiança, aos que se abstiveram e aos que votaram contra. Não esquento minha cabeça, este é o momento de humildade. Estou certo de que juntos seremos mais fortes do que antes”, finalizou.
