
“Somos uma exceção nesta delegação, e esta é a minha primeira vez participando”.
Um grupo de 250 membros e 400 a 450 hectares de vinhedos no coração da Toscana, entre Montepulciano e Chianti.
A coragem é evidente, e ficou mais ainda quando chegou a hora de se inscrever para esta missão a São Paulo, no Brasil, com a Comissão de Agricultura da União Europeia (UE) e o comissário Christophe Hansen.
No centro da missão está o mercado do Mercosul, que esta pequena realidade do vinho “Made in Italy” pretende explorar.
“Somos uma cooperativa social no âmbito da Confcooperative, localizada entre Siena e Arezzo, com sede em Sinalunga, e estou aqui desde 2020”, explica o gerente de vendas Giovanni Ciuoli.
“Exportamos a maior parte da nossa produção, especialmente para o Norte da Europa, Suécia e Alemanha, além de Estados Unidos, Canadá, Austrália, Japão e até China. Produzimos um milhão de garrafas por ano e armazenamos em nossa adega até 40 mil quintais de uvas”, contou.
No mercado, comercializa Cavisa, Castelsina e Poggiomoro, mas a cooperativa pode criar rótulos personalizados. Uma espécie de “vinho personalizado”, atento à qualidade e ao gosto do consumidor.
Fundada em 1971, a organização de vinicultores de Siena-Arezzo passou por uma transformação em 2007 com a nomeação de Angiolo Del Dottore como presidente do conselho.
“Somos administrados pela equipe de Maurizio Castelli, e nossa enóloga é Mery Ferrara. Cada um dos vinhedos dos nossos 250 membros é cuidadosamente monitorado para garantir a mais alta qualidade”, destacou.
O executivo contou que chegou “ao Brasil meio por acaso, primeiro por meio de um conhecimento com uma sommelier que mora no Rio de Janeiro e que participou de uma feira para nós no sul do país em maio passado, onde fizemos um contato importante”.
“Depois veio o convite da Comissão, do qual participamos, e nosso pedido foi aceito. O mercado de vinhos aqui no Brasil é imaturo, mas está crescendo rapidamente. Os brasileiros estão aprendendo a beber vinho. Da Europa, eles só querem vinho português”, acrescentou Ciuoli.
No entanto, todos esperam “que o acordo do Mercosul venha e que este acordo facilite a remoção de barreiras burocráticas”.
“Desde meados de agosto, nossas amostras estão retidas na autoridade de referência brasileira. A barreira burocrática é, portanto, uma realidade, e nós a vimos em primeira mão. E também há muitas rigidezes nos rótulos, além das taxas atuais. Mas estamos confiantes. Hoje estamos aqui”, concluiu.



