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POLÍTICA: Silvio Berlusconi continua no cargo de primeiro-ministro

O primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, sobreviveu à moção de confiança e de desconfiança votadas no Senado e na Câmara, respectivamente, e deve continuar no cargo.

A moção de desconfiança foi barrada por uma diferença de três votos na Câmara (314 contra e 311 a favor), e a de confiança foi aprovada por 162 votos, entre 308, graças à Liga Norte, no Senado.

A moção de desconfiança foi apresentada por seu ex-aliado e presidente da Câmara, Gianfranco Fini, que criou o grupo Futuro e Liberdade para a Itália (FLI), junto com a União Democrática de Centro (UDC) e o pequeno partido Aliança para a Itália. Dos 630 deputados, 627 estavam presentes, mas apenas 625 votaram, uma vez que os parlamentares do partido autonomista pró-alemão de Alto Adigio, Südtiroler Volkspartei (SVP), se abstiveram da deliberação.

Foram cruciais para a votação conta a moção a posição das deputadas do FLI Maria Grazia Siliquini e Catia Polidori e de um ex-deputado do Itália dos Valores (IDV) — partido do ex-juiz antocorrupção Anotnio Di Pietro, Antonio Razza.

No momento da votação na Câmara, os parlamentares foram chamados um a um, pelo sobrenome, que tiveram que se aproximar da tribuna da presidência e declarar publicamente seu voto.

O resultado foi celebrado pelos parlamentares da maioria governista, que entoaram o hino italiano e pediram gritos pela demissão de Fini do cargo de presidente da casa legislativa.

Momentos antes, os senadores votaram a favor da moção de confiança apresentada pela ala governista por 162 votos a favor e 135 contra, com 11 ausências registradas.

A votação a favor de Berlusconi no Senado era considerada mais segura que na Câmara.

A governabilidade do premier italiano foi colocada em dúvida após Fini, que havia fundado do Povo da Liberdade (PDL) com Berlusconi, romper com a legenda governista e criar o FLI, levando consigo 35 parlamentares.

Posteriormente, quatro ministros do gabinete do premier, leais ao presidente da Câmara, pediram demissão.

Além da situação política, Berlusconi se viu envolvido na investigação, que corre na Justiça, do caso da marroquina Ruby, que teria participado de uma festa em sua casa quando ainda era menor de idade, e a favor de quem ele teria interferido posteriormente, quando ela foi presa por furto.

Ele ainda foi citado em documentos da diplomacia norte-americana, revelados pelo site WikiLeaks, que afirma que ele contratava prostitutas para "festas selvagens" em sua mansão, fato que foi negado pelo premier.

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