Notícias

ONGs são responsáveis por 12% dos migrantes que chegam à Itália

Protagonistas de uma queda de braço com o governo da premiê Giorgia Meloni, as ONGs humanitárias do Mediterrâneo são responsáveis por apenas 12% dos migrantes forçados que chegam à Itália.

Até o momento, cerca de 90 mil deslocados internacionais desembarcaram em portos italianos em 2022, um crescimento de 56% em relação ao mesmo período do ano passado. Desse total, 10.980 foram transportados por navios de ONGs que monitoram o Mediterrâneo Central para realizar resgates.

Nos últimos dias, quatro dessas embarcações protagonizaram uma disputa com o governo italiano: Geo Barents, de Médicos Sem Fronteiras; Humanity 1, da SOS Humanity; Ocean Viking, da SOS Méditerranée; e Rise Above, da Mission Lifeline.

Três delas puderam atracar em portos da Itália após dias de espera, mas o Ocean Viking teve de navegar até a França, a mil quilômetros de distância, para desembarcar cerca de 230 migrantes socorridos no Mediterrâneo.

Os outros 80 mil deslocados que já chegaram na Itália por via marítima em 2022 foram resgatados por navios oficiais ou mercantis ou conseguiram concluir a travessia por conta própria, em barcos clandestinos.

Depois da ofensiva da gestão Meloni contra as ONGs, agora só há uma embarcação humanitária em operação no Mediterrâneo Central: o veleiro Nadir, da ResQship, ao sul da ilha italiana de Lampedusa.

Esses navios e barcos costumam ficar de prontidão nos limites das águas territoriais da Líbia para socorrer migrantes de embarcações superlotadas – às vezes até de botes infláveis – e evitar que eles morram na travessia do Mediterrâneo.

Como na Líbia existem graves denúncias de violações de direitos humanos de estrangeiros, as ONGs pedem para atracar em portos do sul da Europa, especialmente em Itália ou Malta, os países seguros mais próximos.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios