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União Europeia deve partir ao ataque contra populismo, diz primeiro-ministro italiano Matteo Renzi

O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, alertou que o resultado das eleições presidenciais na Áustria mostra que a União Europeia deve partir ao ataque contra o "populismo".

 

Em meio à crise em Brennero, na fronteira entre os dois países, Norbert Hofer, da legenda de extrema-direita Partido da Liberdade (FPÖ), obteve 36% dos votos na disputa pela Presidência e enfrentará o candidato do Partido Verde, Alexander van der Bellen, que alcançou 20%, no segundo turno.   

Representantes dos tradicionais Partido Social Democrata e Partido Popular, Rudolf Hundstorfer e Andreas Khol não foram capazes de reverter a descrença da população com o establishment e ficaram com apenas 11% cada. Ambas as legendas comandam a política na Áustria desde 1945.   

"É preciso ter uma UE capaz de investir no crescimento contra o populismo. Não serve jogar na defensiva, mas sim partir ao ataque", declarou Renzi durante um encontro multilateral na Alemanha. No entanto, ele ressaltou que o voto popular deve ser respeitado.   

Atualmente, o governo austríaco constrói uma barreira em Brennero, na divisa com a Itália, para gerir melhor o fluxo de imigrantes provenientes da nação vizinha. Além disso, retomou nesta segunda os controles na fronteira com a Hungria.   

O temor da Europa é que a ascensão de um extremista à Presidência reforce essa política de divisão – a barreira em Brennero deve ser inaugurada na próxima quarta-feira (27). "Não há nenhum elemento que justifique o fechamento de Brennero. As autoridades austríacas terão de respeitar as normas da UE, ou então a UE terá de tomar providências", ressaltou Renzi.   

Os dois países fazem parte do Espaço Schengen, área de livre circulação dentro da Europa e que tem sido seriamente ameaçado pelos recorrentes bloqueios das fronteiras entre seus países por conta da crise migratória. (Fonte: Ansa)

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