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ECONOMIA: Ações de bancos da Itália têm queda forte em Milão

Os bancos da Itália operaram com queda forte na Bolsa de Milão hoje, refletindo as preocupações com a possibilidade de o pacote europeu para resgate da Grécia se tornar custoso para a terceira maior economia da zona do euro.

Os negócios com as ações do Intesa Sanpaolo, o maior banco da Itália em valor de mercado, chegaram a ser suspensos brevemente. As ações de bancos mútuos com balanços financeiros fracos – como Banco Popolare e Banco Popolare di Milano – despencaram mais de 7%.

Às 11h50 (de Brasília), Intesa Sanpaolo despencava 8,45%, UniCredit perdia 6,83%, Banca Monte dei Paschi di Siena recuava 8,07%, Banco Popolare cedia 7,36%, UBI Banca declinava 6,61% e Banco Popolare di Milano caía 7,72%, enquanto o índice FTSE MIB da Bolsa de Milão operava em queda de 2,68%.

Embora a Linha de Estabilidade Financeira Europeia (EFSF, na sigla em inglês) tenha sido autorizada a comprar bônus de governos da zona do euro nos mercados secundários, algo considerado importante para limitar os problemas para a Itália e a Espanha, as autoridades europeias não trataram de um possível aumento do fundo.

"Bons instrumentos, mas sem poder de fogo", comentou Jacques Cailloux, economista do Royal Bank of Scotland. A agência de classificação de risco Moody's Investors Services fez uma observação similar, dizendo que para os credores de países da zona do euro que não têm rating AAA "os pontos negativos vão contrabalançar os positivos e pesar sobre os ratings no futuro".

O yield (retorno ao investidor) da dívida do governo da Itália subiu de 3,62% para 3,92% nos bônus de dois anos, bem acima da taxa de 3,5% oferecida para a Grécia, e para 6,05% nos bônus de 30 anos.

A exposição dos bancos italianos a pequenas empresas também impõe um risco, já que importantes indicadores sinalizam uma desaceleração econômica puxada pela redução da demanda doméstica. As perspectivas de recuperação são fracas, já que os salários na Itália deverão cair 12% nos próximos cinco anos para restaurar a competitividade com a Alemanha, de acordo com o Credit Suisse. As informações são da Dow Jones.

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