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Estilos de vida ruins dos italianos nos tempos atuais podem comprometer saúde no país

A Itália está entre os países mais longevos da Europa, mas também corre o risco de registrar uma piora nas condições de saúde de sua população, por conta de estilos de vida ruins, com destaque para o sedentarismo e o tabagismo. Também aumenta a população estrangeira residente no Bel Paese, que chegou a mais de quatro milhões (4.570.317) em 1º de janeiro deste ano, ou 7,5% da população total. Este quadro geral surge de um estudo sobre o estado de saúde 2009-2010 dos italianos, apresentado ao Ministério da Saúde. Trata-se de um prontuário médico da Península.

O ministro italiano da Saúde, Renato Balduzzi, divulgou o resultado do estudo, que apontou que um em cada cinco italianos está na terceira idade, ou seja, tem mais de 65 anos. 

Entre os 60 milhões de habitantes do país, 20,3% já superaram os 65 anos, o que equivale a mais de 12 milhões de pessoas.

Os dados, segundo Balduzzi, são resultado do aumento da expectativa de vida e da redução da mortalidade, metade daquela registrada em 1980.

Embora a expectativa de vida ao nascer na Europa seja uma das mais altas do mundo (equivalente a 76,1 anos para os homens e 82,2 anos para as mulheres), ainda são muitos os anos vividos com limitações provocadas por deficiências variadas. Em particular, na Itália, em 2007, embora as mulheres tenham uma vida média de 5,5 anos a mais do que os homens (84,2 contra 78,7), têm em média 6,4 anos a mais de vida com alguma deficiência: são 22,3 anos contra os 15,9. 

Entre os homens, as doenças do sistema circulatório, pela primeira vez em 2008, se tornam a principal causa de morte (97.953 sobre um total de 281.824 óbitos), superando o câncer (97.441).

Entre as mulheres, no entanto, como já se verifica há algum tempo, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte, com 126.531 falecimentos sobre 296.366 (43%), enquanto os tumores (responsáveis por 74.767 óbitos, ou 25%) são a segunda maior causa de morte.

O levantamento mostra que as mortes por doenças cardíacas foram reduzidas em 60%, mas é a primeira causa da morte de homens e mulheres. Da mesma forma, desde os anos 1990 a mortalidade provocada pelo câncer foi reduzida em 20% mas a doença ainda é a segunda que mais mata.

O estudo ainda aponta que a expectativa de vida tende a regredir com o agravamento das condições sanitárias e do estilo de vida, consequências de tempos de crise econômica.

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