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Polícia Italiana requisita bens de traficantes ligados à máfia

A Polícia italiana requisitou em Roma mais de 30 milhões de euros em bens móveis e imóveis pertencentes a uma rede de narcotraficantes vinculada às máfias Cosa Nostra, da Sicília, e Ndrangheta, da Calábria, e que lavavam na capital o dinheiro que obtinha com as vendas de drogas.

Durante a operação policial, iniciada após o pedido da Procuradoria de Roma, foram apreendidas casas de luxo, carros de grande cilindrada e diversos documentos referentes a negócios, o que confirma as suspeitas das autoridades italianas sobre a presença cada vez maior da máfia na capital do país. A apreensão de bens da rede de narcotraficantes segue a uma operação policial na qual se apreenderam uma tonelada de entorpecentes e se deteve, entre outros, Candeloro Parrello, filho do chefe do clã mafioso dos Gaetano, da Ndrangheta, e Fortunato Stassi, pertencente à Cosa Nostra.

Entre os detidos durante a primeira fase desta operação figura ainda Renato Acervo, dono de uma casa de câmbio na cidade turística espanhola de Marbella.

"No passado, nos anos 70, as máfias investiam em seus territórios. Hoje as forças (da ordem) que operam nestas realidades tomaram medidas e, por isso, já não lhes é produtivo investir em seus territórios", justificou Giuseppe Caruso, promotor de Roma.

"É por isto que investem sua renda ilícita em cidades como Roma, Milão ou em outros lugares do estrangeiro onde podem passar despercebidos", acrescentou.

Segundo Caruso, é mais eficiente combater um chefe da máfia com apreensão de bens do que com uma condenação à prisão.

Segundo a imprensa italiana, a Ndrangheta comprou até o Café de Paris em Roma, símbolo das noites de "La Dolce Vita" (A Doce Vida, de Federico Fellini, de 1960).

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