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50% dos europeus estão dispostos a partir para o estrangeiro se não encontrar emprego no seu país

Um estudo revela que um em cada dois europeus está disposto a partir para o estrangeiro se não encontrar emprego no seu país.

Cerca de 11,3 milhões de europeus vivem num país da UE que não o seu, o que representa mais 4 milhões do que há uma década atrás.

Apesar deste aumento, a sua proporção ainda não excede 2,3% da população total da UE.

Estes números foram apresentados num relatório da UE que demonstra que o número de europeus que tiram partido do seu direito de trabalhar em qualquer país da UE ainda não é suficiente, embora se trate de um dos principais benefícios do mercado único europeu e um dos fatores mais decisivos para o seu êxito.

O relatório apresenta também dados atualizados sobre os direitos dos trabalhadores migrantes na UE à luz das decisões do Tribunal de Justiça da União Europeia, que alargou o âmbito de aplicação desses direitos durante a última década. O Tribunal de Justiça decidiu, por exemplo, considerar também "trabalhadores" as pessoas empregadas temporariamente ou os atletas pagos para competir noutros países da UE.

Este relatório faz parte de uma iniciativa renovada para que os europeus possam mais facilmente trabalhar noutro país da UE. O novo plano económico da UE para os próximos 10 anos identifica a existência de uma mão-de-obra mais móvel como factor crucial para reduzir o desemprego, que registou uma subida acentuada durante a recente recessão. Em Maio, a taxa de desemprego era de 9,6%, contra 6,8% em Maio de 2008, antes da crise financeira.

"A mobilidade dos trabalhadores pode contribuir para reduzir o desemprego, permitindo uma melhor adequação entre os recursos humanos e os empregos disponíveis", declarou László Andor, Comissário Europeu do Emprego. "Os europeus reconhecem este facto, mas ainda encontram obstáculos quando mudam de país para trabalhar noutros países da UE", acrescentou o Comissário.

Um inquérito publicado juntamente com o relatório revela que 48% dos europeus estariam dispostos a procurar trabalho noutro país ou região se perdessem o emprego e que 17% tencionam, no futuro, trabalhar no estrangeiro.

Além de obstáculos jurídicos, os europeus confrontam-se também com obstáculos administrativos e de ordem prática. Alojamento, língua e emprego do cônjuge são apenas alguns dos factores que influenciam a mobilidade transfronteiras.

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