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Em viagem pelo Oriente Médio, primeiro-ministro italiano Matteo Renzi pede criação de “dois Estados”

Em viagem pelo Oriente Médio, o primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, pediu que seja implantada a solução dos "dois Estados" tanto no Parlamento israelense como em encontro com as autoridades palestinas. 

 

"A paz só será possível com dois Estados e dois povos. Ela só será garantida com uma plena segurança para todos: o direito dos palestinos de sua autodeterminação e aquele do Estado judeu e sua própria segurança. Eu digo isso aqui e vou repetir isso em Belém com líderes da Autoridade Nacional Palestina", discursos Renzi no Knesset (Parlamento).

 

Em discurso aplaudido por mais de um minuto pelos políticos – incluindo o premier israelense, Benjamin Netanyahy, o italiano criticou quem tenta boicotar os projetos judeus.

 

"Quem pensa em boicotar Israel não percebe que está boicotando a si mesmo e traindo seu futuro. Nós podemos ter opiniões diferentes, isso ocorreu e continuará acontecendo. Mas, a Itália estará sempre na linha de frente no fórum europeu e internacional contra qualquer forma de boicotagem estéril e estúpida", destacou.

 

A menção aos pontos de vistas diferentes foi uma clara referência ao acordo nuclear assinado pelo grupo das seis maiores potências mundiais e o Irã. Netanyahu é um dos maiores – senão o maior – crítico do documento e afirma que ele dará poderes demais ao governo iraniano.

 

Após o italiano, o líder político de Israel afirmou que também quer a paz entre os povos vizinhos, mas que ela "precisa ser uma paz verdadeira, um acordo de segurança que impeça que os territórios sejam tomados pelo Islã extremista".

 

Líderes da ANP

 

Após o encontro com o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, e demais lideranças palestinas, Matteo Renzi afirmou que "tem certeza que Abbas fará de tudo para combater o terrorismo" e agradeceu as mensagens de solidariedade do governo local após o atentado contra a Embaixada italiana no Cairo.

 

"Para nós, é muito importante que ninguém perca a vontade de trabalhar em conjunto contra o terrorismo e o fanatismo", destacou.

 

Já Abbas tocou no assunto de paz com Israel e disse que seu governo está disposto a chegar a um acordo.

 

"O nosso empenho em aderir às entidades internacionais não é um ato contra ninguém, mas serve para reforçar a identidade palestina, como parceiro sincero e fiel que respeita seus parceiros e os acordos internacionais. Nossas mãos estão abertas para a paz com os nossos vizinhos israelenses tendo como base as resoluções internacionais", destacou o líder palestino.

 

O presidente local pediu o fim dos novos empreendimentos israelenses em territórios reivindicados pela Palestina e disse que essas obras fazem com que o povo "perca a esperança" em ter a sua própria pátria.

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