Dezenas de solicitantes de refúgio bloquearam ruas da cidade de Verona, no norte da Itália, para protestar contra as condições de vida no albergue onde estão abrigados.
O ato ocorreu no mesmo dia em que a morte de uma jovem marfinense no centro de acolhimento de Cona, nos arredores de Veneza, gerou revolta entre os imigrantes. A mulher, Sandrine Bakayoko, de 25 anos, havia passado mal por volta de 8h da manhã, mas o socorro só chegou seis horas depois.
No caso de Verona, os solicitantes de refúgio protestaram sobretudo contra a qualidade da comida que é servida no albergue. No entanto, o ato terminou pouco tempo depois, sem incidentes graves.
"Uma manifestação desse tipo é inaceitável. Os organizadores desse lamentável episódio devem ser identificados o quanto antes, excluídos dos projetos de proteção e afastados do albergue", declarou o prefeito da cidade, Flavio Tosi, dissidente do partido ultranacionalista Liga Norte.
Segundo ele, os imigrantes podem expor suas queixas diretamente às autoridades, sem "bloquear o tráfego dos cidadãos". Em 2016, a Itália voltou a ser a principal porta de entrada para deslocados externos na Europa, recebendo mais de 181 mil deles ao longo do ano, um crescimento de 17,8% em relação a 2015.
A maioria dessas pessoas é originária da África Subsaariana.