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Aeroporto romano de Fiumicino comemora 50 anos de existência

O aeroporto romano de Fiumicino comemora meio século de existência, vividos entre glórias e polêmicas, enquanto aguarda a sua recuperação, que parece iminente.

Para reconstruir sua história é preciso voltar no tempo e chegar ao distante 1946, quando surgiu a necessidade de elaborar um projeto, para fornecer à capital italiana um aeroporto maior do que o de Ciampino. 

Um ano mais tarde, uma comissão interministerial escolheu, entre várias opções, a planície de Fiumicino como o local ideal para construir a estrutura. A decisão desencadeou polêmicas acirradas e acusações de corrupção.

Na manhã de 20 de agosto de 1960, cinco dias antes do início dos Jogos Olímpicos de Roma, Giuseppe Togni, então ministro de Obras Públicas, entregava a Giulio Andreotti, recém-nomeado ministro da Defesa, o novo aeroporto. Nesta mesma noite, às 18h20 locais, no aeroporto romano ainda não totalmente operacional, mas já capaz de aliviar o tráfego aéreo de Ciampino, aterrissava o 'Convair' do Presidente da República Giovanni Gronchi. 

Na madrugada entre 14 e 15 de janeiro de 1961, com a transferência das companhias aéreas, o Leonardo da Vinci entrava definitivamente em atividade.

Naqueles tempos Fiumicino tinha um único corpo central. A maioria dos passageiros fazia as operações de check-in na estação Termini, para depois chegar ao aeroporto de ônibus: na época não existia a rodovia e nem mesmo a ferrovia. Além do check-in, a farmácia, a banca de jornais, um bar e uma agência dos correios eram os serviços essenciais.

Passarelas e escadas de metal, após o controle do passaporte e a passagem pela alfândega, liberava os passageiros que acediam a pé aos aviões. Este mesmo trajeto, só que no sentido oposto, era percorrido por aqueles que chegam a Roma: partidas e desembarques ocorriam em um mesmo nível. Aqueles eram os anos da Dolce Vita. Na capital italiana desembarcavam astros e estrelas do cinema internacional, como Burt Lancaster, Richard Burton e Liz Taylor entre muitos outros, que atraiam dezenas de fotógrafos. 

Com o passar do tempo, Fiumicino começou a ser ampliado e se construíram novas pistas para os Boeing 747 da Alitalia.

Em 1974 nasce a Aeroporti di Roma (ADR), a sociedade que, como concessionária exclusiva para a gestão e o desenvolvimento do sistema aeroportuário da capital italiana, iniciou sua atividade a partir de julho deste mesmo ano. 

Atualmente, a área do aeroporto abrange 1.400 hectares, com cinco terminais, quatro pistas, 359 balcões de check-in, 86 saídas de embarque. Em 2009 o Leonardo da Vinci teve 33.811.637 passageiros em trânsito, dos quais 12.629.323 em voos domésticos e 21.182.314 nos internacionais.

Nos primeiros seis meses deste ano já se registrou um total de 16.704.734 passageiros em trânsito, número este que deve crescer rapidamente: mesmo sem considerar a eventual atribuição dos Jogos Olímpicos para Roma, estima-se que o número de passageiros será de 55 milhões em 2020 e de 90-100 milhões até 2044.

Daqui o plano de investimentos da ADR que, após a "luz verde" para reequilibrar as tarifas aeroportuárias, prevê uma ampliação do aeroporto com outros 1.300 hectares e a construção de um novo terminal de cerca um milhão de metros quadrados, concebido segundo os mais modernos padrões tecnológicos e estruturais.

Aos terminais se integrará a futura estação ferroviária, que fará a conexão direta com o centro de Roma.

O aumento da capacidade, tendo em vista as previsões de tráfego para 2044, também envolve, entre outros, a construção de pistas de voo adicionais e um novo sistema para agilizar o fluxo de aeronaves. (ANSA)

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