Notícias

G8: Chanceleres discutem crise no Irã, na cidade de Trieste, na Itália

Os chanceleres dos sete países mais ricos do mundo e da Rússia, que juntos formam o Grupo dos Oito, expressaram sua preocupação pela crise política no Irã, ao mesmo tempo em que afirmaram que "a porta do diálogo está aberta". 

 

"A porta do diálogo está aberta", mas "o tempo não é ilimitado", e nos próximos meses o G8 verificará se "a mão estendida ao diálogo" foi aceita pelo Irã, disse o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, anfitrião do encontro que ocorre na cidade italiana de Trieste.

 

Ao concluir o segundo dia de deliberações em preparação à Cúpula do G8, os ministros pediram em uma declaração formal uma solução pacífica ao conflito no Irã e lamentaram as mortes nos confrontos durante manifestações lideradas pela oposição, que denunciou fraude nas eleições de 12 de junho. 

 

Separadamente, os representantes dos países do grupo demonstraram as preocupações específicas de suas nações. 
 

O chanceler russo, Serghei Lavrov, se disse muito preocupado com a violência e pediu uma solução em términos pacíficos. "Naturalmente expressamos uma séria preocupação pelo uso da força e pela morte dos cidadãos". 
 

Já o chanceler francês, Bernard Kouchner, afirmou que se chegou a uma posição comum sobre a violência no Irã, em particular sobre a atribuída às forças governamentais contra os opositores. "Não mudamos nossas posições, nem eu e nem meus colegas" europeus, afirmou o ministro francês. 
 

O ministro das Relações Exteriores alemão, Frank-Walter Steinmeier, interpretou que "na declaração final usamos uma linguagem clara para condenar as limitações à liberdade" no Irã. "O que vimos em Teerã, a repressão brutal contra quem manifesta para reivindicar um direito legitimo, é insuportável", acrescentou. 

 

Por sua parte, o britânico David Miliband, que teve seu país acusado de participar e incentivar os atos de violência no país, ratificou que tais denúncias "não têm fundamento". 

 

A reunião dos chanceleres, organizada pela Itália — que exerce a presidência de turno do bloco — havia sido planejada inicialmente para preparar o encontro dos governantes do G8, contudo o tema do Irã foi o centro de praticamente todas as discussões. 

 

O país havia sido, inclusive, convidado ao evento, mas decidiu não participar. A Itália fez o convite no início do mês, sob o argumento de que Teerã teria uma grande contribuição ao processo de estabilização de Afeganistão e Paquistão. 
 

Entre os dias 8 e 10 de julho, a cidade de L'Aquila receberá os chefes de Governo dos países do G8, que discutirão assuntos relacionados à nova geopolítica mundial, assim como questões relativas ao aquecimento global, entre outros temas. Foram convidadas também as economias emergentes Brasil, México, Egito, China, Índia e África do Sul.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios