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Abaixo-assinado pede que Irã seja excluído da Bienal de Veneza

Os movimentos “Woman, Life, Freedom” na Europa e na Itália enviaram um abaixo-assinado pedindo que a Bienal de Arte de Veneza cancele a participação do Irã no evento que acontece entre 20 de abril e 24 de novembro.

O apelo, firmado por diversas personalidades dos universos da arte e da cultura, foi entregue ao presidente da Bienal, Roberto Cicutto; ao diretorgeral, Andrea Del Mercato; aos integrantes do Conselho de Administração do evento e à premiê da Itália, Giorgia Meloni; além do chanceler e vice-premiê Antonio Tajani; do ministro da Cultura, Gennaro Sangiuliano; do prefeito de Veneza, Luigi Brugnaro, entre outras autoridades.

“É com grande choque e lamento que apreendemos do site da Bienal que, diferentemente do que foi anunciado em outubro, a República Islâmica do Irã estará presente com um curador e um artista escolhidos pelo regime iraniano”, dizem as organizações.

Em nome “dos artistas dissidentes e independentes, e do povo iraniano perseguido”, elas pedem que seja dado “um sinal forte e claro à comunidade internacional, com uma voz de autoridade que cancele a participação do Irã”.

O movimento “Woman, Life, Freedom” foi criado após a morte, em custódia, em setembro de 2022, de Mahsa Amini, jovem iraniano-curda presa por suposta violação da lei iraniana sobre o uso do véu.

Artistas e ativistas também pediram a exclusão do pavilhão de Israel, mas o ministro da Cultura Genaro Sangiuliano descartou a possibilidade.

Resposta

Posteriormente, a Bienal de Veneza afirmou que todos os países reconhecidos pela Itália podem, em total autonomia, requerer a participação.

A organização disse que, consequentemente, “não pode levar em consideração nenhuma petição ou pedido para excluir a presença de Israel ou do Irã”.

A Bienal também esclareceu que, mais uma vez, a próxima edição não terá a participação da Rússia, e disse que artistas palestinos participarão.

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