A briga entre o premier italiano Silvio Berluisconi e o presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Gianfranco Fini, fez surgir um novo grupo político na bota. São dissidentes e, agora opositores do Povo da Liberdade (PDL), de Berlusconi.
Chamada Futuro e Liberdade para a Itália, a frente composta por dez parlamentares, é fruto da cisão ocorrida no governo de centro-direita, entre o chefe de Governo e o titular da Câmara, cujas perspectivas políticas ainda são difíceis de prever.
Tanto Berlusconi como Fini são fundadores do PDL, muito afetado após as divergências manifestadas entre os dirigentes políticos e que levaram ao surgimento de uma nova ala, formada por partidários de Fini. Atualmente, com apenas dez senadores e 33 deputados.
As brigas entre os dois então aliados aumentaram nos últimos meses em decorrência de desacordos sobre uma série de medidas do governo e projetos de leis, como a reforma das interceptações judiciais, levando a um racha na última semana, que terminou com a retirada de Fini da legenda governista.
Por outro lado, Berlusconi e alguns de seus ministros enfatizam que, apesar da saída do parlamentar, o governo continua contando com o número necessário de senadores para obter a aprovação dos projetos que apresenta.
A primeira prova de fogo para o primeiro-ministro ocorrerá na quarta-feira, quando a oposição conservadora apresentará uma moção de "desconfiança" contra o vice-ministro da Justiça Giacomo Caliendo, suspeito de envolvimento na manipulação de decisões judiciais em troca de favores.
