Notícias

Alto Comissariado da ONU para refugiados agradece Itália por acolhida a imigrantes

O Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur) afirmou se sentir "grato à Itália e a Malta pela acolhida dos novos [imigrantes] saídos da Líbia" e exortou outros países da UE a "demonstrarem solidariedade com estes países".

"A contínua chegada de tunisianos, a maioria dos quais não têm proteção internacional, coloca sob uma particular pressão a capacidade da Itália de responder à chegada dos candidatos ao asilo e refugiados que fogem da violência na Líbia", observou ontem Melissa Flemin, porta-voz da agência em Genebra.

A Acnur recebeu garantias da Itália de que os eventuais requisitantes de asilo em fuga do norte da África podem ter acesso aos procedimentos para requisitar proteção internacional.

A agência está discutindo planos com as autoridades italianas e maltesinas e com a Cruz Vermelha, "dado que há indicações de que se pode atender a próximos desembarques da Líbia", pontuou Fleming.

Na última segunda-feira, o alto comissário Antonio Guterres discutiu a situação de Lampedusa com o ministro do Interior italiano, Roberto Maroni.

Segundo a porta-voz da agência, "queríamos ter certeza de que será feita uma distinção para as pessoas que buscam asilo e proteção internacional", e Guterres recebeu garantias de que isso vai ser feito.

Nos últimos cinco dias foram registrados os primeiros barcos que saíram diretamente da Líbia e chegaram à Europa por causa do levante popular contra o governo do ditador Muamma Kadafi e por causa dos conflitos bélicos que envolveram os insurgentes, as forças leais ao chefe de Estado e, mais recentemente, a intervenção militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

De acordo com a Acnur, cerca de duas mil pessoas fugiram de Trípoli para as ilhas do Mediterrâneo. Entre eles havia eritreus, somalis, etíopes, sudaneses e pessoas de outras nacionalidades. Ainda não foi registrado nenhum líbio nas embarcações.

Desde o início da crise política na Líbia, 381.888 pessoas fugiram do país, sendo que, destes, 193.783 foram para a Tunísia, 156.476 para o Egito, 15.647 para o Níger, 9.987 para a Argélia, 3.200 para o Chad e 2.800 para o Sudão.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios