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Silvio Berlusconi visita Lampedusa e garante que a ilha italiana voltará a ser um paraíso

O premier italiano Silvio Berlusconi fez uma visita em Lampedusa – a ilha da Sicília, em condições sanitárias deploráveis. Após chegar no território mais ao sul da península e mais próximo da costa africana, o chefe de governo garantiu que nos próximaos dias não haverá mais pessoas em situação irregular em Lampedusa. Esta ilha do sul da Itália vive há dias sob uma forte tensão, provocada pela presença de mais imigrantes ilegais do que de moradores.

Vários navios atracaram para remover todos os imigrantes alojados no Centro de primeiro Acolhimento e distribuí-los em outras regiões da Itália, como prometido pelo Executivo.

A medida visa acabar com a crise de saúde e o desconforto dos habitantes de Lampedusa, que vivem principalmente do turismo.

Berlusconi explicou que os imigrantes serão distribuídos por outras regiões do país e contou que o governo obteve "autorização para controlar os portos e o litoral para impedir novos desembarques".

O chefe de governo garantiu que, com a solução do problema migratório, a ilha vai voltar a ser "um paraíso" e que até ele vai querer viver no local. "Fui à Internet e comprei uma casa em Cala Francese, que se chama Le Due Palme. Eu também serei um lampedusano", anunciou o premier que, em tom de brincadeira, também comentou que Roma vai indicar Lampedusa ao Prêmio Nobel da Paz, por ter acolhido tantos imigrantes que fogem de seus países devido às más condições de vida. 

A oposição italiana não gostou dessas declarações, definindo o discurso de Berlusconi como "um verdadeiro circo de demagogia". Para Sergio D'Antoni, do Partido Democrático (PD), Berlusconi promoveu "um show bruto e populista". 

A ilha de Lampedusa está entre os principais destinos de imigrantes, principalmente do norte da África. O fluxo dessa migração aumentou muito desde o início dos conflitos em países como Líbia, Tunísia e Egito.

O presidente italiano Giorgio Napolitano condenou a situação da ilha, já que os abrigos estavam sofrendo com a superlotação e não havia alimentos suficientes para todos os imigrantes.

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