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Senado italiano começa a debater fim do bicameralismo perfeito

O Senado italiano começou a analisar o projeto de lei que acaba com o bicameralismo perfeito no país e reduz drasticamente os poderes da Casa. A medida é uma das bandeiras do governo do premier Matteo Renzi, que assumiu o cargo em fevereiro deste ano.

No entanto, o tempo de tramitação da iniciativa até uma eventual aprovação pelos senadores pode durar até três meses, já que as siglas de oposição, como o Movimento 5 Estrelas (M5S), do comediante Beppe Grillo, e até representantes da minoria do governista Partido Democrático (PD), apresentaram 7.850 emendas ao texto. Além disso, eles se mostraram dispostos a usar todos os segundos à disposição para discutir cada uma delas.

"Nós não temos medo do confronto. Manteremos a promessa de mudar, ainda que for preciso uma semana a mais", garantiu a ministra para as Reformas Constitucionais Maria Elena Boschi. O projeto tem causado polêmica no país porque transforma o Senado em uma espécie de "Câmara das Autonomias", sem membros eleitos diretamente e composta por prefeitos e governadores.

Além disso, os novos "senadores" não receberiam salários e nem teriam direito a votar temas como a confiança ao governo e o orçamento, função que caberia apenas aos deputados. No entanto, eles continuariam tendo papel em algumas questões, como a aprovação de reformas constitucionais.

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