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DESASTRE NA ITÁLIA: Explosivos abrem novos acessos ao interior de navio

Os especialistas da Marinha Militar italiana conseguiram neste sábado, mediante o uso de cargas explosivas, abrir novas vias de acesso ao interior da cabine 5 do navio de cruzeiro Costa Concordia, que naufragou no último dia 13 no Mar Mediterrâneo.

Essas novas aberturas na estrutura do navio ajudarão o trabalho dos mergulhadores que inspecionam uma área determinada da embarcação, onde, segundo testemunhos de sobreviventes, havia numerosos passageiros no momento da evacuação, informa a imprensa italiana.

A ação retoma as buscas dos 21 desaparecidos, interrompidas durante a maior parte do dia nesta sexta-feira devido a um novo movimento do navio. Nas últimas horas, foram divulgados detalhes sobre a colisão e a atuação do comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, que se encontra sob prisão domiciliar, acusado de homicídio culposo, abandono de navio e naufrágio.

Seu advogado, Bruno Leporatti, disse que Schettino avisou sobre o acidente à companhia Costa Cruzeiros, proprietária da embarcação, imediatamente após o impacto contra as rochas. Fontes da defesa acrescentaram que foram várias as conversas mantidas por Schettino com a companhia nos instantes posteriores à colisão, que deixou pelo menos 11 mortos.

No entanto, em declarações à emissora pública italiana RAI, o presidente da Costa Cruzeiros, Pierluigi Foschi, afirmou que o capitão do navio não lhes disse a verdade sobre o que estava ocorrendo e sobre a gravidade da situação.

Para comprovar a veracidade do testemunho de Schettino, os especialistas confiam na caixa-preta do Costa Concordia, já recuperada pelos mergulhadores, pois nela poderiam estar registradas as conversas mantidas pelo capitão na cabine de comando.

Naufrágio do Costa Concordia

O cruzeiro Costa Concordia naufragou na última sexta-feira, dia 13 de janeiro, após colidir em uma rocha nas proximidades da ilha de Giglio, na costa italiana da Toscana. Mais de 4,2 mil pessoas estavam a bordo. Até a tarde de terça-feira, dia 17, 11 mortes haviam sido confirmadas. Ainda há desaparecidos, e prosseguem os trabalhos de busca. O Itamaraty informou que 57 brasileiros estavam a bordo do navio, mas nenhum deles está entre as pessoas não encontradas.

O navio, que tem 290 metros de comprimento e 114,5 mil toneladas, margeava a ilha de Giglio quando houve a colisão, imediatamente começando a adernar. Houve pânico e reclamações de despreparo da tripulação. O comandante do Costa Concordia, Francesco Schettino, foi acusado de ter abandonado o navio. Ele disse que estava no comando, mas um áudio divulgado para a imprensa, em que há uma discussão entre ele e a Guarda Costeira, indica que o capitão já estava na costa no momento do resgate.

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