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Províncias italianas acusam abandono em crise migratória

Os chefes das províncias italianas acusaram o governo do premier Matteo Renzi de tê-los abandonado na crise migratória que atinge o país em 2015.

Por meio do presidente do sindicato da categoria (Sinpref), Claudio Palomba – também administrador da província de Lecce – eles cobraram mais ajuda na aplicação das medidas para conter a emergência e pediram uma reunião com o ministro do Interior Angelino Alfano, a quem estão diretamente subordinados.

A zona norte de Roma foi alvo de um grande protesto popular após o chefe da província homônima, Franco Gabrielli, ter ordenado a transferência de 100 imigrantes para uma escola local, seguindo as diretrizes de redistribuição de solicitantes de refúgio estabelecidas pelo governo.

"Os chefes de província, representantes do governo nos territórios, foram deixados sozinhos para aplicar as normas do governo na questão da imigração, frequentemente em total oposição a outros membros do Estado, em particular os prefeitos. Nos tornamos alvos, o governo deve nos ajudar", afirmou Palomba.

Muitos prefeitos e governadores italianos, principalmente do norte, são contra a realocação de estrangeiros e acabam fomentando manifestações quando isso é feito em suas cidades ou regiões. Em muitos casos, eles criticam duramente os chefes de província, responsáveis por executar as ordens do Ministério do Interior e encontrar locais que sirvam de abrigo para imigrantes.

"Não é admissível sermos objeto de ataques por parte de outros representantes institucionais e não sermos defendidos pelo governo. Agora chega", acrescentou o presidente do Sinpref.

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