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Rapto de italianos na Líbia continua misterioso

O paradeiro dos quatro italianos raptados na cidade de Mellitah, na Líbia, ainda é um mistério para as autoridades dos dois países envolvidos na investigação.

 

Após um dia de silêncio total, todas as pistas continuam abertas e seguem desde um sequestro terrorista ou de grupos radicais até uma possível represália pela luta do governo italiano contra os traficantes de seres humanos.

 

A três dias do rapto, a ação contra Gino Pollicardo, Fausto Piano, Filippo Calcagno e Salvatore Failla ainda não foi reivindicada por nenhum grupo e a Chancelaria italiana mantém precaução.

 

E enquanto os serviços de Inteligência trabalham para achar o caminho certo, se multiplicam as hipóteses sobre quem os mantêm reféns e quais os motivos do rapto: vingança, represália ou extorsão? É "muito improvável que o sequestro tenha sido motivado por razões políticas porque até o momento não foi feita nenhuma reivindicação", diz a embaixada italiana na Líbia.

 

Há a suspeita de que seja uma "represália contra a missão unilateral que individualiza os barcos que saem da Líbia com destino a Europa". Há também quem acredite que a ação tenha sido realizada por terroristas do Estado Islâmico ou do grupo Geish al-Qabila, o "Exército" tribal que contrapõe as ações dos extremistas do Fajr Libya.

 

O ministro das Relações Exteriores, Paolo Gentiloni, afirmou – após reunião com o enviado especial da ONU para a Líbia, Bernardino Leon, – que fontes apontam que o rapto não é uma represália e que é "prematuro e imprudente dar interpretações políticas sobre a ação".

 

O que é certo até o momento são as circunstâncias do sequestro. Os quatro técnicos, funcionários da construtora Bonatti, estavam próximos da sede da estatal italiana de petróleo ENI e estavam voltando de uma viagem à Tunísia. A cidade de Mellitah, onde ocorreu a ação, fica a 100 quilômetros da capital do país, Trípoli, e de onde parte um gasoduto que leva petróleo até Gela, na Sicília.

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