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Ex-prefeito de Roma é absolvido em processo de fraude

O ex-prefeito de Roma Ignazio Marino foi absolvido da acusação de peculato, fraude e falsificação em dois casos que estavam sendo apurados pela Justiça italiana.

A Promotoria havia pedido uma condenação de três anos e quatro meses de prisão a Marino pelo uso do cartão de crédito da Prefeitura de Roma para pagar despesas pessoais e por irregularidades em pagamentos a colaboradores fictícios quando o político era o representante legal da ONG Image, fundada em 2005 para levar ajuda sanitária a Honduras e ao Congo.

No primeiro caso, o ex-prefeito respondia pelos crimes de peculato e falsificação. Ao todo, foram gastos cerca de 13 mil euros entre os anos de 2013 e 2015 para pagar 56 jantares, alguns até para amigos. Quando o escândalo veio à tona, Marino se ofereceu a restituir os cofres públicos em 20 mil euros.

Já no caso da ONG Image, Marino era investigado junto com outras três pessoas por falsificar valores pagos com documentos falsos entre os anos de 2012 e 2013.

Após a absolvição, Marino acusou, indiretamente, sua sigla, o Partido Democrático (PD) e o primeiro-ministro Matteo Renzi, já que foi derrubado por uma manobra política de sua própria base.

"A conta de certas ações é o país que está pagando, sobretudo quando se olha para a capital da Itália. Alguns agora devem se olhar no espelho e entender se tem a estatura de um estadista e fazer um exame de consciência", disse o ex-prefeito em referência ao premier.

A fala também se refere ao que ocorreu em Roma após sua queda.

Nas eleições deste ano, após um governo feito por comissários, a cidade elegeu a prefeita Virginia Raggi, do partido opositor Movimento Cinco Estrelas (M5S). Desde que assumiu, Raggi tomou diversas medidas contrárias aos desejos do PD, como a desistência de Roma de ser sede dos Jogos Olímpicos de 2024.

Sobre seu futuro político, Marino ressaltou que "tem o dever moral de continuar a lutar pelo meu país e pela minha cidade". O ex-prefeito, que sempre defendeu sua inocência, disse ainda que se livrou de "acusações inflamadas da mídia" e que a "verdade foi restabelecida". (Ansa)

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