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Especialistas alertam para risco de colapso de antigos monumentos na Itália

O desabamento da "Casa dos Gladiadores", uma construção de dois mil anos da antiga Pompeia, levou os especialistas a alertarem nesta segunda-feira para o risco de colapso de outros monumentos, incluindo as Torres Gêmeas de Bolonha, a Catedral de Florença e a Domus Aurea, a Casa Dourada de Nero, em Roma.

"Sem manutenção e sem a existência de fundos para tal, toda a Itália corre o risco de desabar", afirmou Alessandra Mottola Molfino, chefe do Nossa Itália, uma ONG voltada para interesses arqueológicos.

"Cada monumento histórico no país corre o risco de ter o mesmo destino de Pompeia, do domo da Catedral de Florença à Casa Dourada de Nero em Roma e os muros antigos de cidades como Lucca, na Toscana", acrescentou.

"Apenas a Basílica de São Pedro e a Catedral de Milão se salvarão porque existem equipes que cuidam de cada rachadura e estão prontas a intervir imediatamente".

Mottola Molfino disse ainda que o governo não se preocupa em contratar especialistas para restaurar os principais monumentos do país e ignora completamente o efeito urbano sobre estas construções.

Em maio, a Associação Nacional de Arqueologia (ANA) emitiu uma lista dos monumentos mais antigos da Itália que estão à mercê das condições climáticas ou em uma séria condição de deterioração.

O ministro da Cultura, Sandro Bondi, alvo das críticas em relação ao desabamento da casa de Pompeia, também alertou que outras partes desse celebrado sítio arqueológico também correm perigo.

Bondi disse ainda que é preciso encontrar ajuda junto a patrocinadores para tentar contornar as difíceis condições econômicas que impedem uma atenção maior às obras de restauração.

O governo cortou um total de 398 milhões de dólares do orçamento da cultura nos próximos três anos.

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