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Jornais italianos chamam desclassificação dos tetracampeões do mundo na Copa de vergonhosa

Nem as lágrimas do capitão Fabio Canavarro, nem o mea culpa feito pelo técnico Marcello Lippi comoveram a imprensa italiana. Logo após a derrota por 3 a 2 para a Eslováquia, resultado que tirou os italianos, atuais campeões do mundo, da Copa, os sites dos principais jornais faziam duras críticas à Squara Azzurra. Com a manchete "Para casa com vergonha", o "Gazzeta dello Sport" resumia o sentimento de humilhação presente também em "Corrieri della Sera", "Tuttosport" e "La Republica".

A dificuldade dos italianos diante da Nova Zelândia (1 a 1) e do Paraguai (1 a 1), resultou na eliminação diante dos eslovacos, que surpreederam. "Quase nada funcionou esta noite", afirmou o "Gazzeta". O jornal, no entanto, elogiou o esforço dos jogadores em busca do empate até o último minuto da partida. "Nada a se fazer: a Eslováquia, estreante Mundial, avança para a fase eliminatória. Em vez disso, o nosso torneio termina e começa um longo processo: porque a nossa seleção não é eliminada na fase de grupos desde a Copa do Mundo de 1974.", resumiu.

O "Tuttosport" foi mais direto e culpou o treinador pelo fracasso. Com o título "Lippi, a culpa é sua", o site destacava a baixa qualidade do time escalado por Lippi e chamava o desempenho de vergonhoso, principalmente porque não conseguiu passar da primeira fase da Copa, na qual enfrentou adversários considerados fracos. "O time nacional escreve uma das piores páginas da história do futebol azul.", diz a matéria.

A afirmação faz coro ao "Corrieri della Sera", que chamou de tragédia a desclassificação. Apesar de a equipe ser conhecida pela cor azul, "a Itália volta para a casa na cor cinza, diante da depressão de um grupo sem sangue e sem futuro", diz o "Corrieri". A equipe merecia a eliminação, de acordo com o "La Republica".

O jornal afirma que este é o fim de uma geração e de uma ilusão, referindo-se à escalação da equipe, muito criticada pela imprensa desde o início. A Itália chegou à África do Sul com um grupo cheio de veteranos, o que desagradou. "Mas infelizmente o nosso futebol de hoje não oferece muito mais", afirmou o periódico, para concluir: "Fomos campeões do mundo e agora somos motivo de riso do mundo".

Assim como o vexame francês chegou à mesa do presidente Sarkozy, a eliminação precoce da Itália ressoou na política. Aparentemente irritado, o senador Piergiorgio Stiffoni disse que a seleção merece voltar para casa na classe econômica.

– Lamento pelos torcedores. Essa prematura eliminação não é nada além do que o resultado de uma estúpida política esportiva. Ao menos, isso encerra indecorosamente essa 'via crucis' da seleção – disse o ministro – afirmou.

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