Um dia após a ameaça de um ataque terrorista, o Papa Bento XVI se reuniu neste sábado com o primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, seu vice, Nick Clegg, e o líder da oposição trabalhista, Harriet Harman, antes de celebrar uma missa na Catedral de Westminster, em Londres. Durante a solenidade, o religioso pediu desculpas às vítimas de abuso sexual.
Segundo ele, os escândalos de pedofilia envolvendo sacerdotes trouxeram "vergonha e humilhação" para ele e toda a Igreja Católica.
– Penso no imenso sofrimento causado pelo abuso de menores, especialmente pelos ministros da Igreja. Quero manifestar meu profundo pesar às vítimas inocentes destes crimes atrozes, junto com minha esperança de que o poder da graça de Cristo e seu sacrifício de reconciliação trarão a cura profunda e a paz para suas vidas – declarou o pontífice durante a missa, que reuniu cerca de duas mil pessoas.
Na véspera, a Scotland Yard prendeu seis pessoas, a maioria argelinas, sob suspeita de preparar um atentado contra o Pontífice, que teria reagido calmamente à notícia e não alterou sua programação. O religioso faz uma visita de quatro dias ao Reino Unido, que termina neste domingo na cidade de Birmingham. Na sexta-feira, ele visitou o principal templo da Igreja Anglicana, falou sobre a marginalização da fé e abordou a crise financeira mundial.
