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Bispos italianos pedem proteção a migrantes

Os bispos italianos ressaltaram a necessidade de oferecer "proteção" e mecanismos de acolhimento aos migrantes da região Norte da África que desembarcam na Itália.

"Quem foge do Norte da África hoje tem medo de uma guerra civil e, por isso, é importante acatar a solicitação de pessoas que pedem proteção internacional", disse, em uma nota, os membros da Comissão Episcopal para as Migrações (Cemi) e da Fundação Migrantes.

Segundo as duas entidades, é importante implantar mecanismos "para oferecer asilo" e "proteção humanitária" a essas pessoas, assim como "reforçar a cooperação internacional", com "recursos e planos de desenvolvimento que abranjam não só a criação de macro-projetos, mas também de micro-projetos", os quais respondam "imediatamente às necessidades das famílias e das cidades do norte da África".

Os organismos também sugeriram uma análise da possibilidade de haver um decreto sobre "fluxos extraordinários", que regulamente e ofereça "um trabalho para os imigrantes".

Mais de 4 mil tunisianos chegaram a territórios italianos nos últimos dias fugindo da tensão política na Tunísia após a queda do ex-presidente Ben Ali.

Os protestos no mundo árabe também provocaram o êxodo de cidadãos do Egito. Em 2009, a Anistia Internacional (AI) denunciou que o governo italiano estava interceptando refugiados em águas internacionais e enviando-os, sem proteção, para a Líbia, onde os migrantes sofriam maus tratos e eram obrigados a retornar ao seu país de origem.

De acordo com a AI, entre 6 e 11 de maio daquele ano, a Itália teria interceptado cerca de 500 pessoas para a nação de Muammar Kadafi. (ANSA)

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