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Papa Bento XVI fala de desemprego e violência em “Cassino”, no centro da Itália

O papa Bento XVI manifestou neste domingo sua "solidariedade" com os desempregados e pediu que se "rejeite toda a forma de violência" ao se pronunciar diante de milhares de fiéis em Cassino, centro da Itália, onde jazem os restos de São Bento, fundador da ordem dos Beneditinos.

 

"Expresso minha solidariedade a todos aqueles que vivem em uma situação precária, preocupante, aos trabalhadores em desemprego parcial ou àqueles que foram despedidos" de seus empregos, acrescentou o Papa, recebendo os aplausos da multidão.

 

"Humanizar o mundo do trabalho é típico do espírito monástico", afirmou Bento XVI durante uma missa celebrada ao ar livre em uma praça que, a partir de agora, levará o seu nome.

 

Bento XVI conclui em Cassino, próximo a Roma, sua 14ª visita pastoral à Itália e a primeira como Papa a esta cidade, onde esteve em diversas ocasiões quando era cardeal.

 

"A chaga do desemprego que atinge este território força as autoridades públicas, os empresários e todos aqueles que têm a possibilidade, com a contribuição de todos, a buscar soluções eficazes para a crise do emprego", acrescentou o chefe da Igreja Católica.

 

Bento XVI disse que está ciente da "situação crítica de muitos trabalhadores".

 

"Hoje em dia, a família tem uma necessidade urgente de se defender melhor", disse o Papa, exortando os jovens que têm "dificuldades" para encontrar um emprego, e assim poder "construir uma família", a "não desanimarem", pois "a Igreja não os abandona".

 

Bento XVI defendeu também uma "Europa unida e solidária".

 

"Que o testemunho espiritual" de São Bento, um dos patronos da Europa, "ajude os povos que vivem neste continente a seguirem fiéis as suas raízes cristãs e a edificar uma Europa unida e solidária, fundada na busca da justiça e da paz", disse o Papa em francês.

 

Depois em inglês, ele pediu aos presentes que rezassem "pelo fim das guerras que continuam afligindo nosso planeta".

Antes, em italiano, o Papa havia afirmado que "a paz é, em primeiro lugar, um dom de Deus", mas "depende do esforço dos homens".

 

Pouco depois, na basílica do monastério de Monte Cassino, Bento XVI pediu que se "rejeite toda a forma de violência para que a paz seja construída".

 

A basílica do monastério de Monte Cassino, um edifício "reconstruído depois do grande desastre do segundo conflito mundial (…) ergue-se como uma advertência silenciosa para rechaçar o uso de toda a forma de violência para que a paz seja construída nas famílias, nas comunidades, nos povos e na humanidade toda", disse o Papa ao celebrar a cerimônia no local.

 

A abadia foi reconstruída depois de sua destruição em maio de 1944 durante os bombardeios norte-americanos em apoio à ofensiva terrestre dos aliados, que tentavam expulsar os alemães desse ponto-chave no caminho para Roma.

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