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Papa Francisco demostra preocupação com jovens sem trabalho durante voo para o Rio de Janeiro

A bordo do avião que o leva para o Rio de Janeiro, o papa Francisco disse nesta segunda-feira (22) aos jornalistas que o acompanham na viagem que a crise mundial está "causando muitos prejuízos aos jovens". O pontífice também demonstrou preocupação com o que chamou de "geração que nunca teve trabalho".

"Há um perigo de a crise criar uma geração inteira que não deu certo'', apontou o pontífice que atrelou o trabalho e a capacidade de sustento com a dignidade dos jovens. Ele completou sua afirmação condenando o desperdício.  "É preciso acabar com esta cultura e trocá-la pela cultura da inclusão e do encontro. É preciso fazer um esforço para chegar a todos, à sociedade, e este é o sentido da minha visita: levar os jovens à sociedade", completou ele.

Esta primeira viagem, segundo ele, é para que possa se encontrar com os jovens. "Quero encontrá-los não separadamente, mas no meio da malha social. Em sociedade, já que quando isolamos os jovens lhes fazemos uma injustiça pois lhes tiramos a união", relatou o papa.

Francisco acrescentou que "os jovens pertencem a uma família, uma pátria, uma cultura e uma fé e é preciso manter essa pertinência. Eles são o futuro de um povo, porque têm a força, a juventude e vão adiante." "Um povo tem futuro se caminha para frente, com os jovens, com a força que têm e também com os idosos, porque eles são a sabedoria da vida", disse o papa argentino.

Em sua breve conversa com os jornalistas, que durou cerca de uma hora, Francisco defendeu ainda o papel dos idosos na sociedade, "geralmente vítimas da cultura da rejeição." "Muitas vezes se comete a injustiça de deixar de lado os idosos ao pensar que não têm nada para nos dar, mas eles têm a sabedoria da vida, a história da família e da pátria."

Ao fim do encontro com os mais de 70 jornalistas, o papa pediu que os profissionais o ajudassem "para o bem da sociedade, dos jovens e dos idosos". E em referência à mídia brincou: "Vi os leões, mas não são tão ferozes". Francisco não aceitou perguntas, alegando não saber dar entrevista. 

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