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1ª votação para presidente não atinge quorum mínimo

O primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, anunciou que o juiz Sergio Mattarella será o candidato do Partido Democrático (PD) para a disputa da Presidência da República. A primeira votação para escolher o novo chefe de Estado foi realizada na tarde desta quinta-feira, mas terminou sem resultado, como já era esperado.

 

O magistrado era o favorito da sigla e estava encontrando consenso até mesmo com a minoria que vem causando problemas para o premier nas votações do Congresso.

 

"Sergio Mattarella é um homem da lei, da batalha contra as máfias e da política com o P maiúsculo. Ele é um juiz constitucional e nós estamos mudando a Constituição. Mattarella é defensor da Constituição, o que não significa impor uma intangibilidade, mas sim defendê-la e valorizá-la", destacou o líder do partido.

 

Ligado ao PD, o juiz já foi ministro para as Relações com o Parlamento (1987-1989), da Educação (1989-1990) e da Defesa (1999-2001). Em 2011, foi eleito para integrar o tribunal responsável por zelar pela Constituição da Itália.

 

Segundo Renzi, o PD deve votar em branco nos primeiros três escrutínios e o nome de Mattarella deve ser escolhido apenas no quarto, em votação que ocorre no próximo sábado (31), quando é preciso apenas uma maioria simples para eleger o novo presidente.

 

Isso porque o premier não quer "queimar" o nome do magistrado nas votações anteriores. "A presidência não é uma passagem na qual nós nos divertimos ao dar os nomes. Quem quiser queimar nomes, que faça uma fogueira. Não se deve dar espaço aos joguinhos, pois se escolhemos um candidato, se vota nesse candidato", falou Renzi aos membros de sua legenda.

 

O primeiro-ministro ainda relatou a "responsabilidade" que o momento pede e solicitou que os parlamentares tenham "o máximo de franqueza" nesse momento. Ele ainda pediu para que o cenário de 2013 não se repita para não criar "mais feridas" entre os partidos italianos. Na época, não foi encontrado consenso em um nome e o partido do premier ficou rachado. Por isso, Giorgio Napolitano foi reeleito para um mandato consecutivo.

 

A princípio, os apelos de Renzi fizeram efeito. Após o pronunciamento, a assembleia de membros do PD votou unanimamente no nome de Mattarella.

 

Oposição

 

Apesar de ter todo o apoio de seus correligionários, as reuniões com a oposição parecem não ter surtido tanto efeito. O Forza Italia (FI), de Silvio Berlusconi, ainda está avaliando o nome do magistrado e deve anunciar sua decisão somente à tarde, após se reunir com o atual ministro de Interior italiano, Angelino Alfano, do Nova Centro-Direita (NCD).

 

Já representantes dos grupos parlamentares do Per I'Italia – Centro Democratico e Scelta Civica (Sc-Pi-Dc) emitiram uma nota em que apoiam Mattarella para a Presidência. O M5S não votará no nome escolhido e orientou os seus para votar em branco na primeira votação.

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