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Primeira votação para presidente da Itália acaba sem vencedor

Como já era esperado, a primeira votação para escolher o próximo presidente da Itália, realizada em sessão conjunta do Parlamento nesta quinta-feira (29), terminou sem um ganhador.

Dos mais de 70 nomes lembrados pelos "grandes eleitores", nenhum deles atingiu o mínimo necessário de dois terços dos votos (673, de um total de 1.009). Entre as pessoas citadas, o mais votado foi o magistrado Ferdinando Imposimato, apoiado pelo oposicionista Movimento 5 Estrelas (M5S), com 122.

Em seguida, apareceram Vittorio Feltri (49), Luciana Castellina (37), Emma Bonino (25) e Stefano Rodotá (23). Além disso, 538 Parlamentares votaram em branco, e outros 33 anularam suas opções.

O juiz da Corte Constitucional Sergio Mattarella, apoiado pelo governista Partido Democrático (PD), do primeiro-ministro Matteo Renzi, recebeu apenas cinco votos. Contudo, o premier já havia orientado a sigla a votar em branco nos três primeiros escrutínios, quando é mais difícil eleger o novo presidente.

O objetivo é não "queimar" o nome do magistrado e preservá-lo para o quarto sufrágio, quando o candidato precisa apenas de uma maioria simples (505). O grupo de 1.009 "grandes eleitores" é formado por 630 deputados, 315 senadores, seis senadores vitalícios e 58 delegados regionais (três para cada região e um para o Vale d'Aosta).

A expectativa é que Renzi consiga eleger Mattarella na quarta votação, que deve ocorrer na manhã de sábado (31). Ao todo, o PD detém 445 votos no colégio eleitoral, precisando de apenas 59 de outras legendas.

Ligado ao Partido Democrático, o juiz já foi ministro para as Relações com o Parlamento (1987-1989), da Educação (1989-1990) e da Defesa (1999-2001). Em 2011, foi nomeado para integrar o tribunal responsável por zelar pela Constituição da Itália.

"Sergio Mattarella é um homem da lei, da batalha contra as máfias e da política com o P maiúsculo. Mattarella é defensor da Constituição, o que não significa impor uma intangibilidade, mas sim defendê-la e valorizá-la", disse nesta quinta-feira o primeiro-ministro.

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