Notícias

“2015 será ano decisivo para a Itália”, diz primeiro-ministro italiano Matteo Renzi

Na tradicional conferência de final de ano do governo italiano, o primeiro-ministro, Matteo Renzi, afirmou que sabe que os cidadãos estão preocupados com o futuro, mas que suas reformas conseguirão tirar o país da crise.

"Há preocupação, cansaço, desconfiança no país. Isso não é só um fato econômico, mas cultural, civil e social. Mas, eu estou seguro que, depois de fevereiro, a Itália fará as mudanças e as fará sem sobras de dúvidas", ressaltou.

Segundo Renzi, para a retomada do crescimento econômico o ano de "2015 será decisivo, não só como prazo, mas como prazo exigente". Para ele, há um grande "senso de urgência" nas mudanças e, citando Al Pacino, "eu busco dizer aos meus que nós poderemos fazer".

"Em 10 meses, nós cometemos muitos erros, mas todos os procedimentos que prometemos foram iniciados. Não se pode aceitar uma reconstrução para a Itália, se não se pode cumprir o prometido", disse o premier sobre todos os 10 projetos de reformas que colocou em votação durante o ano de 2014.

Sucessão presidencial

Com a iminente saída do presidente da Itália, Giorgio Napolitano, do poder, o primeiro-ministro ressaltou ainda é cedo debater o nome de um sucessor. "Se e quando Napolitano decidir deixar o cargo, ele terá todo o direito de fazer isso e receberá um "obrigado" de nossa parte. Até esse momento, qualquer discussão sobre a nomeação de um novo sucessor é vazia", disse Renzi.

Apesar de ainda faltar uma confirmação oficial, é dado como certo que Napolitano, de 89 anos, confirmará sua renúncia no dia 31 de dezembro, durante o discurso de final de ano.

Ele assumiu o cargo em 2006 e foi re-eleito após os parlamentares italianos não conseguirem encontrar um nome de acordo para assumir o cargo. Nunca antes um mandatário tinha exercido dois mandatos consecutivos.

Fuzileiros na Índia

Ao falar sobre o caso dos dois fuzileiros militares italianos presos na Índia desde 2012, Renzi afirmou que "é uma disputa muito séria e difícil". "Essa questão aberta com um país como a Índia, que é amigo, aliado da Itália, abriu nas últimas horas um canal de confronto direto com declarações que nós gostamos", destacou.

Segundo o premier, neste caso será preciso "manter os canais legítimos do judiciário e de diplomacia abertos e evitar o show de iniciativas políticas, absolutamente incríveis, que vimos de outros políticos que nos precederam".

Os fuzileiros Massimiliano Latorre e Salvatore Girone são acusados de matarem dois pescadores locais em 12 de fevereiro de 2012, quando trabalhavam em um navio petroleiro da Itália.

Mostrar mais

Artigos relacionados

Fechar

Adblock detectado

Por favor, considere apoiar-nos, desativando o seu bloqueador de anúncios