Foi grande o êxodo dos italianos nos feriados da Páscoa, que deixaram as cidades em busca de sossego no campo, praia, montanhas ou regiões de lagos. Apesar disso, a receita do turismo registrou uma queda de 19%.
A crise não chegou aos serviços oferecidos pelos restaurantes. O setor anunciou um aumento de 3,5% dos clientes em comparação ao ano passado.
Os últimos italianos a fazerem as malas às vésperas do domingo de Páscoa (24) foram os moradores dos grandes centros urbanos, que acabaram congestionando estradas e rodovias do país.
A primeira linha de insatisfeitos nesta Páscoa será certamente a de muitos protagonistas do turismo nacional, de acordo com Federalberghi, que estima uma desaceleração de 19% no consumo sobre o mesmo período em 2010, ou seja, € 3,2 bilhões contra os € 4 bilhões do ano passado.
Com uma pesquisa ad hoc, a organização de Bernabò Bocca disse que este ano, no período de Páscoa, 17,6% dos italianos dormiram pelo menos uma noite fora de casa (10,6 milhões), contra os 22% de 2010. Entre os turistas, 90% escolheram destinos domésticos (contra 85%) e 8% viajaram além das fronteiras. No entanto, o dado indicativo dos tempos de crise é a decisão de 20 milhões de italianos de ficarem em casa por "falta de dinheiro". Para felicidade dos donos de restaurantes, que na Páscoa tiveram 3,5 milhões de pessoas a mais do que há um ano.
A inversão da tendência em tempos de crise, explicou o presidente da Fipe-Confcommercio Edi Sommariva, se deve aos 3,6 milhões que, estimulados pelas temperaturas primaveris mais amenas, lotaram restaurantes, bares e tabernas. Para isso também contribuiu a política "da estabilidade dos preços" praticada por muitos comerciantes.
Em termos de alimentação, na Páscoa dos italianos não pode faltar a carne de cordeiro à mesa, afirma a Coldiretti: 6 em cada 10 italianos, diz a organização dos empresários agricultores, o consideram o alimento mais representativo da data, superando a pomba pascal e os ovos de chocolate.
AS OPÇÕES DE VIAGEM:
De acordo com a Coldiretti, com base em um levantamento Fipe/Axis, 37% não renunciaram a viajar nos feriados. Entre estes, 41% optaram pelo campo, 16% foram para praia, 12% para a montanha e 8% para regiões de lagos.
Segundo Terranostra as pousadas e fazendas voltadas para o agroturismo foram as mais populares. Contabilizaram-se 400 mil presenças nos 19 mil locais de agroturismo italianos onde, de acordo com a Coldiretti, no dia da Pasquetta prevaleceram as reservas de grupos de jovens, enquanto que durante o tradicional almoço de Páscoa foi maior o número de grupos familiares.
De um total de 19.019 lugares direcionados ao agroturismo, acrescenta a Coldiretti, 15.681 oferecem alojamento, 9.335 refeições, 3.400 degustações e 10.583 outras atividades, incluindo caminhadas, excursões, esportes, cursos de degustação, spas, observação da natureza, cavalgadas e mountain bike.